"Tudo estava a correr bem. O Benfica ganhava folgadamente, e aproximava-se dos rivais na classificação. Parecia encontrada a equipa-tipo, onde um jovem croata, ao fim de uma parca dezena de jogos, se tornara peça-chave, e símbolo da recuperação competitiva dos encarnados. Krovinovic chegara aos 89 minutos desta partida como um dos melhores em campo. Talvez o melhor, não fossem os dois golos de Jonas. Com um pulmão inesgotável na recuperação de bolas em zonas adiantadas, com uma precisão de passe ao nível da perfeição, com uma leitura de jogo digna de craque, o jogador contratado ao Rio Ave era uma das grandes revelações da temporada. Um médio de grande classe, como o Estádio da Luz sabe apreciar.
Pudéssemos voltar atrás no tempo, e ter-lhe-íamos gritado para que deixasse aquela estúpida bola sair. O jogo estava ganho, e disputava-se a meio-campo. Mas Krovi tem o sangue dos campeões, e não dá um lance por perdido, mesmo quando tem de desafiar as leis da física.
O joelho cedeu. A temporada acabou para ele. O sonho de estar no Mundial esfumou-se. O futebol, como a vida, traz-nos obstáculos, por vezes cruéis, dos quais temos de saber reerguer-nos. Aos 22 anos, Krovinovic está a tempo de ganhar muitos títulos, de fazer uma grande carreira, como a sua qualidade futebolística impõe.
E a equipa vai certamente encontrar soluções. Em 2013-14 ficámos sem Salvio. Em 2014-15 ficámos sem Fejsa. Em 2015-16 ficámos sem Luisão. E em 2016-17 estivemos meia temporada sem Jonas. Do azar fizemos forças, e tudo acabou em festa.
Agora vai ser igual: estaremos no Marquês com Krovinovic, e por Krovinovic."
Luís Fialho, in O Benfica
Sem comentários:
Enviar um comentário
A opinião de um glorioso indefectível é sempre muito bem vinda.
Junte a sua voz à nossa. Pelo Benfica! Sempre!