"O mês de todos os perigos inicia-se com o jogo de todos os perigos. A deslocação à Madeira é muito difícil, diria que um dos jogos mais difíceis e traiçoeiros que teremos no caminho do tetra. Primeiro porque vencemos por 6-0 este rival há 15 dias, e isso traz uma ilusão de facilidade; depois porque no subconsciente de muitos estará a jornada europeia determinante para a escolha da prova em que ficamos na Europa do futebol; por fim porque antecede a recepção ao velho rival e é impossível tirar isso da agenda de jogadores e adeptos.
A tudo isto acresce o calvário de lesões que não pará de engordar, agora o Eliseu. Mesmo com boa fazenda, o fato já precisa de remendar o remendo. É demais.
Temos o caldo perfeito para dar asneira, se não percebemos que estes são mesmo os três pontos mais decisivos no nosso rumo. Hoje na Madeira jogamos a qualidade do nosso futuro. Com a overdose de triunfos (ganhamos nove títulos nos últimos três anos) o nosso organismo de benfiquistas tem da vitória uma dependência muito saudável. Esta adição de vitórias é um vício que não queremos perder por muito azedume que cause noutras latitudes.
É muito mais determinante ganhar na Madeira que ao Nápoles (até porque não é liquído a derrota do D. Kiev frente ao Besiktas). Na Europa do futebol vamos continuar, resta escolher a prova, e a Champions é um objectivo.
Só uma vitória nos Barreiros dará confiança, pontos e uma liderança sólida para enfrentar um Dezembro com as quatro competições em risco e em disputa. Marítimo, Nápoles, Sporting, Real, Estoril, Rio Ave e Paços de Ferreira, que maravilha um sapatinho superlotado de jogos, de ambições e de vontade de novas e repetidas conquistas.
Um Dezembro imaculado traria a certeza de um 2017 repleto de alegrias. Há outra hipóteses mas não era a mesma coisa..."
Sílvio Cervan, in A Bola
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