"Foram ontem divulgados os nomes dos 55 futebolistas candidatos ao melhor onze da FIFA de 2016. A lista, da responsabilidade da FIFpro, entidade que agrupa 75 associações de futebolistas de todo o mundo (Portugal é representado pelo Sindicato dos Jogadores), foi elaborada depois de recolhidos profissionais de futebol, dos quatro cantos da Terra.
Não é possível dizer, pois, nem que o painel de votantes não percebe de futebol, nem que não é suficientemente alargado para ser representativo de uma forma de sentir o jogo.
Feita a contextualização, há que perceber por que razão só estão nomeados dois futebolistas portugueses, CR7 e Pepe, num ano em que a Selecção se sagrou campeão da Europa.
Causa, de facto, estranheza, que Rui Patrício esteja ausente e, por exemplo, Gianluigi Buffon faça parte dos cinco keepers escolhidos; ou de Raphael Guerreiro não conste dos eleitos e na lista de vinte defesas esteja o lateral-esquerdo do Barcelona Jordi Alba; e que nenhum dos componentes do meio-campo de ouro da Selecção Nacional (William, Renato, Adrien, João Mário, André Gomes, Moutinho) tenha sido distinguida com uma nomeação, em quinze vagas para médios.
Mais do que pensar pequeno e clamar contra cabalas, dever-se-á reflectir sobre o impacto do nosso futebol no contexto internacional. Parece que nem o oitavo lugar lusitano no ranking da FIFA de selecções e o quinto no ranking da UEFA de clubes têm muito significado para os profissionais da arte.
PS - A AF Porto nomeou o professor Manuel Sérgio sócio de mérito.
Fica bem aos dois a distinção..."
José Manuel Delgado, in A Bola
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