"Entre 1987 e 1995, Caio Júnior espalhou classe - para usar um jargão do futebol - pelos relvados portugueses. O brasileiro chegou a Portugal para o Vitória SC, onde esteve cinco épocas. Seguiram-se CF Estrela da Amadora (onde jogou com Abel Xavier e Calado) e CF Belenenses, onde se manteve até regressar ao Brasil. em 1995. A imagem de marca era o equipamento imaculado, o que o impediu de fazer grandes exibições contra os três grandes. Funcionava como maestro e matador, chegando a quase 50 golos em Portugal. Depois, o jogador ainda rodou por mais meia dúzia de equipas até abandonar o futebol em 1999.
No ano seguinte passou a treinador e nesta época preparava-se para atingir o momento mais alto da carreira - a final da Taça Sul Americana, a Liga Europa das Américas. Caio Júnior seguia com a restante equipa da Associação Chapecoense de Futebol, da cidade de Chapecó, estado sul-americano de Santa Catarina, para defrontar os colombianos do Atlético Nacional, em Medellín. Em circunstâncias ainda por confirmar, o avião despenhou-se e das 81 pessoas a bordo, apenas seis terão sobrevivido. Na semana passada, vi a Chapecoense jogar contra o San Lorenzo (a equipa do Papa Francisco), empatar a zero e apurar-se para a final. Pensei como seria bonita esta história de sucesso.
O conto de fadas da equipa que veio dos escalões secundários chegou ao fim na passada terça-feira.
Chapecoense junta-se a Torino (1949), Manchester United (1958), selecção olímpica da Dinamarca (1960), Green Cross (1961), The Strongest (1969), Pakhkakos Tashkent (1979), Alianza Lima (1987), Colorful 11 (1989) e Selecção da Zâmbia (1993) na lista de equipas de futebol vitimadas em acidentes de aviação."
Ricardo Santos, in O Benfica
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