"No final do (grande) jogo da Luz, foi legítimo questionar se o Benfica não poderia ter continuado na Liga dos Campeões se alguns lances tivessem tido um destino diferente. A começar, claro, pelo penálti que não foi assinalado em Munique e pela oportunidade perdida por Jonas nesse jogo. A prosseguir, já no duelo de Lisboa, na soberana ocasião que Jiménez teve logo depois do 1-0 para terminar na expulsão que se impunha de Javi Martínez, momentos antes de Talisca fazer o empate, e que colocaria o Benfica em superioridade numérica no último quarto de hora de jogo.
Os ses são pródigos no futebol e com a facilidade que se colocam num duelo desta dimensão têm, naturalmente, um peso maior na análise que se pode fazer dos factos. A realidade é que o Benfica conseguiu construir - com paciência, trabalho, organização e qualidade - a oportunidade para discutir o apuramento. Essa foi a conquista do Benfica neste duplo confronto com o Bayern que, no início, estava destinado a ser um pesadelo. Não foi. Pelo contrário. Se houve quem sentisse alguma perturbação, acabou por ser o Bayern, uma vez que a sua eliminação da Liga dos Campeões seria um escândalo internacional.
Ficou, assim, a certeza de que o Benfica voltou a assumir-se como um grande da Europa. Ser grande não significa, no entanto, , ser gigante. Esses são os Bayerns e os Reais, ainda que outros, como o Barcelona, também fiquem pelo caminho. Os registos, porém, são esclarecedores: na última década, os clubes espanhóis, ingleses e alemães preencheram 36 das 40 vagas das meias-finais disputadas na Champions. As quatro participações sobrantes foram conquistadas pela Juventus, Inter, Milan e Lyon. O que o Benfica fez ontem alimentar-nos a esperança de que um dia um clube português lá voltará."
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