"O Benfica sai da Champions pela porta grande e de pé. O temível Bayern passa por um golo e com a proverbial ajuda dos árbitros, lá num penalty igual ao que favoreceu o mesmo Bayern contra a Roma e cá com a habitual inclinação na dúvida e uma expulsão por assinalar.
Reconheçamos que os bávaros são melhores. O que não quer dizer que o Benfica não os pudesse ter eliminado. E a tese - tão querida por certos patriotas - de que o SLB iria ser eliminado com humilhantes cabazadas não aconteceu, ainda que pela frente não estivesse nenhum clube famoso com nome de fármaco como Skenderbeu.
Estive no Estádio e participei, com emoção, num empolgamento tão saído da alma e entranhas dos adeptos e no reconhecmento pelo labor, seriedade, categoria, diante do gigante alemão.
Vi um Bayern a queimar tempo, vi os seus jogadores receosos (e se Jiménez tivesse feito o 2-0?) e observei a sua enorme descompressão no fim, conscientes de que haviam ultrapassado um sério obstáculo. Quem diria que, sem Jonas, Mitroglou, Gaitán, J. César, Luisão, e com um onze que, em épocas anteriores, teria sido, em parte, olhado, com desconfiança, como uma espécie de dispensável Benfica B (Renato, Lindelof, Ederson, Gonçalo, Jovic, etc.), o Benfica se faria respeitar, com classe, na Europa dos tubarões? Ontem, até deu para dar tempo de jogo a Salvio, Jovic, Talisca, Gonçalo...
Muito mérito para Rui Vitória. Homem sensato, não espalhafatoso, de linha contínua e não de fogachos.
Agora, 5 jogos para atacar o tri. Com jogadores psicologicamente ainda mais fortes. Há desaires que reforçam mais a confiança do que certas vitórias domésticas..."
Bagão Félix, in A Bola
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