"1. Pela primeira vez na história do futebol italiano e, segundo creio, europeu, a Liga da Série B aprovou duas medidas revolucinonárias: a introdução de um tecto salarial máximo de 300 mil euros para os novos contractos a partir da época 2013/2014 e a redução dos plantéis. Ou seja, os clubes só poderão pagar, no máximo, a cada jogador 300 mil euros ilíquidos (divididos igualmente entre a parte fixa e variável). Se alguém prevaricar será objecto de sanções pecuniárias. Convém dizer que este salary cap (tão comum nos EUA) foi votado por unanimidade. Os dados disponíveis permitem concluir que, em média, os clubes economizarão cerca de 25 por cento. Outra decisão igualmente importante diz respeito à composição dos plantéis a partir da próxima temporada: máximo de 22 jogadores (18 com mais de 23 anos, 2 sub-23 e 2 com quatro anos de formação no clube) que descerão para 20 em 2014/2015 (18+0+2). Em carteira ficou ainda uma nova alteração para ser implementada a breve prazo: as actuais 22 equipas serão reduzidas para 20 e de seguida para 18.
2. Mas há mais, desta vez a nova Direcção do Comité Olímpico, presidida por Giovanni Malagó, deliberou acabar com os favores e os privilégios reservados aos deputados, senadores, ex-secretários de Estado e ex-ministros além de autoridades locais e regionais que todos os fins-de-semana enchiam à borla as tribunais de honra dos estádios de todo o país. A partir de 31 de Maio cessam os cartões gratuitos para a casta política.
3. Ao contrário de Vítor Gaspar que fustiga os detentores de salários ricos para debelar a crise, e quem diz salários ricos diz jogadores de futebol, François Hollande castiga com 75 por cento de IRC as empresas e clubes que pagam mais de 1 milhão de euros a qualquer colaborador. Em França o futebol está em pé de guerra. O presidente do PSG, Al Khelaifi, limita-se a dizer: «Respeitaremos as leis». Para evitar problemas, os jogadores são todos pagos pelo líquido. Conclusão: Ibrahimovic vai custar 70 milhões/ano, dos quais 56 para o Estado, e Thiago Silva e Lavezzi à volta de 45."
Manuel Martins de Sá, in A Bola
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