"O Braga vai perigosamente escorregando para uma pequenez de que já tinha conseguido sair em tempos bem mais memoráveis e foi essa triste realidade que manifestou no Dragão, onde o FC Porto ganhou, porque só podia, mesmo, ganhar.
Os portistas dominaram em tanto espaço e por tanto tempo que, mesmo admitindo uma exibição que chegou a ser preocupante, nunca pareceu distante de uma vitória que sempre mereceu, garantindo, assim, a expectativa de um campeonato que poderá ser jogado até à última gota.
Não admira que Benfica e FC Porto continuem invictos na ponta final do campeonato. Até mesmo adversários como o Braga, que já nos tinha habituado à personalidade e ao carácter de uma equipa competitivamente adulta e competente, se tornaram demasiado frágeis e vulneráveis.
É pena. Depois de ter prometido aproximar-se dos grandes, chegando até a uma final europeia, onde lutou de igual para igual pelo jogo e pelo resultado com o FC Porto, o Braga aparece agora tolhido de ambição, de capacidade, de convicção, com uma equipazinha medrosa e insegura com um futebol encolhido e inútil.
Provavelmente, em qualquer circunstância, o FC Porto teria sido sempre mais forte e teria ganho o jogo, mas, ao menos, tivesse sido o Braga uma equipa menos inócua e não se teria perdido o espectáculo.
Pode entender-se o que se viu, ontem, numa pequena equipa a lutar estoicamente com o FC Porto para não descer de divisão, mas é inaceitável ver aquela recusa tão óbvia de jogar o jogo pelo jogo numa equipa, como o Braga, com aspirações a uma qualificação de acesso à Champions."
Vítor Serpa, in A Bola
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