"O Benfica tem o campeonato na mão e o maior desafio de Jorge Jesus será o de evitar a euforia do «está quase». Daí que o discurso do treinador do Benfica, após o jogo de Guimarães, tenha sido inteligente, fazendo questão de lembrar que nada nem ninguém poderá garantir que esta diferença de quatro pontos para o FC Porto se mantenha até ao Dragão.
Será, no entanto, difícil controlar a ansiedade dos benfiquistas que, de repente, vêem a sua equipa como natural favorita a conquistar o título, à beira de ser finalista da Taça de Portugal e ainda com a legítima ambição de vencer uma final europeia.
Dirão os prosaicos que um grande clube se arrisca a ganhar todas as provas em que entra. Não é bem assim. Mesmo numa fase adiantada das três competições julgo que o Benfica só por milagre as poderia ganhar, a todas. A pressão psicológica aliada ao natural desgaste físico (apesar de Jesus ter vindo a gerir muito bem a época) não deixará de se fazer sentir.
Pode acontecer que ed tanto querer ganhar, ou de tanto ser obrigado a querer ganhar, o Benfica ainda possa poder o essencial das oportunidades que aparentemente se lhe oferecem? Pode! O futebol não é, porém, uma ciência exacta e admito que seja impossível, perante a espantosa perspectiva histórica, que o Benfica possa, agora, abdicar de lutar em qualquer uma das três frentes. Os pessimistas lembrarão que quem tudo quer tudo perde, mas os optimistas haverão de contrapor que quem não arrisca não petisca.
NOTA FINAL - Estranha (falta de) reacção do FC Porto no Funchal. Do meu ponto de vista, muito pior do que em Málaga. A equipa pareceu triste e insegura, demasiado longe de Jackson Martínez e com muita gente cansada. Que João Moutinho volte depressa!"
Vítor Serpa, in A Bola
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