"Receio ter de contrariar, veementemente, as posições extremas assumidas pela direção do Sporting após serem conhecidas as medidas de segurança adotadas pelo Benfica. Encarar as divisões impostas, entre adeptos, como uma afronta revela um total desconhecimento, ou esquecimento, dos habituais confrontos que obrigam o erário público a despender milhares de euros para disciplinar insurrectos que envergonham qualquer cidadão, e também o emblema de Stromp.
Em tempos de aparente aproximação entre os dois clubes, este “fait divers” nada mais representa do que uma posição de insensibilidade e diversão, para afastar atenções para o que é efetivamente importante: o jogo. Bastava, com algum bom senso, observar outras medidas adotadas em países com campeonatos tidos como exemplares, onde estas divisões são assumidas como uma defesa, para quem assiste ao jogo, e não uma mesquinhez primária que atinge o bom nome de família.
Seria bem mais proveitoso ao Sporting afastar os arruaceiros que tingem a reputação do clube, dizimam áreas de serviço, agridem adversários, apedrejam autocarros, ofendem quem passa sem um mínimo de respeito pelas incautas famílias que, imagine-se, pagam para dar de comer a esta indústria. A honra do clube está para além destas esquisitices, e não se mancha com uma rede, ou jaula, como alguns ofendidos defendem.
Bem mais interessante, do ponto de vista da honra do clube, era questionar o Conselho de Arbitragem da Liga, da FPF, e a APAF, se aconselharão os seus associados a não comparecerem aos jogos da equipa do Sobrado, após as bárbaras agressões aos árbitros Fernando Pinto e Manuel Soares, da Associação de Futebol de Porto. Por muito menos foi o Sporting vítima de uma perseguição sem precedentes, com a escusa em apitar jogos dos leões, que, essa sim, denegriu a hombridade do clube.
Talvez fosse ponderoso pensar o futuro do Sporting, e do futebol português, tendo em conta a lei do fair play financeiro que ainda ontem Arsène Wenger contestou.
O treinador francês criticou o Manchester City pelo balanço financeiro negativo apresentado esta semana, que revelou um prejuízo de 228 milhões de euros, recorde na Inglaterra, numa temporada.
O descalabro apresentado pelo City é maior até mesmo do que os 163 milhões do Chelsea, de Abramovich, em 2005. A intenção da UEFA é punir os clubes que gastarem mais do que arrecadarem com a perda de uma vaga na Liga dos Campeões, a partir da temporada de 2014/15, levando em conta as últimas quatro épocas.
É com estas imposições – jaulas – que se devem preocupar dirigentes conscientes do seu lugar. Quer seja numa bancada, ou numa tribuna de honra."
Em tempos de aparente aproximação entre os dois clubes, este “fait divers” nada mais representa do que uma posição de insensibilidade e diversão, para afastar atenções para o que é efetivamente importante: o jogo. Bastava, com algum bom senso, observar outras medidas adotadas em países com campeonatos tidos como exemplares, onde estas divisões são assumidas como uma defesa, para quem assiste ao jogo, e não uma mesquinhez primária que atinge o bom nome de família.
Seria bem mais proveitoso ao Sporting afastar os arruaceiros que tingem a reputação do clube, dizimam áreas de serviço, agridem adversários, apedrejam autocarros, ofendem quem passa sem um mínimo de respeito pelas incautas famílias que, imagine-se, pagam para dar de comer a esta indústria. A honra do clube está para além destas esquisitices, e não se mancha com uma rede, ou jaula, como alguns ofendidos defendem.
Bem mais interessante, do ponto de vista da honra do clube, era questionar o Conselho de Arbitragem da Liga, da FPF, e a APAF, se aconselharão os seus associados a não comparecerem aos jogos da equipa do Sobrado, após as bárbaras agressões aos árbitros Fernando Pinto e Manuel Soares, da Associação de Futebol de Porto. Por muito menos foi o Sporting vítima de uma perseguição sem precedentes, com a escusa em apitar jogos dos leões, que, essa sim, denegriu a hombridade do clube.
Talvez fosse ponderoso pensar o futuro do Sporting, e do futebol português, tendo em conta a lei do fair play financeiro que ainda ontem Arsène Wenger contestou.
O treinador francês criticou o Manchester City pelo balanço financeiro negativo apresentado esta semana, que revelou um prejuízo de 228 milhões de euros, recorde na Inglaterra, numa temporada.
O descalabro apresentado pelo City é maior até mesmo do que os 163 milhões do Chelsea, de Abramovich, em 2005. A intenção da UEFA é punir os clubes que gastarem mais do que arrecadarem com a perda de uma vaga na Liga dos Campeões, a partir da temporada de 2014/15, levando em conta as últimas quatro épocas.
É com estas imposições – jaulas – que se devem preocupar dirigentes conscientes do seu lugar. Quer seja numa bancada, ou numa tribuna de honra."
PS: Esta crónica foi escrita antes do derby.
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