"Com o Luisão, só comigo é que aquilo não foi falta. Há histórias com esse árbitro do encontro com o Benfica que eu não posso contar porque isto está a gravar.
Ricardo
no sábado, em entrevista ao expresso
Uma coisa é discutir a expulsão de Rinaudo. As leis de jogo distinguem entre «imprudência», que «significa que o jogador ou as consequências do seu acto para o seu adversário», e que vale cartão amarelo, e «força excessiva», que «significa que o jogador faz uso excessivo da força, correndo o risco de lesionar o seu adversário», e que tem como consequência a expulsão. Dizem ainda que «um tackle que ponha em perigo a integridade física de um adversário deverá ser sancionado como falta grosseira», que também vale o vermelho. Que Rinaudo foi imprudente não há dúvida. Terá havido força excessiva? Eu acho que não - pelo menos maldade não houve -, mas admito que me digam que sim, ou que pôs em perigo a integridade física do adversário.
Outra coisa, bem diferente, é olhar para um lance em que um jogador não toca noutro e achar que há falta. Aconteceu por exemplo em 2005, num Benfica-Sporting, em que Luisão saltou com Ricardo, marcou de cabeça e deu o título às águias.
É lance que nem merece discussão. Já passaram mais de seis anos, mas Ricardo continua a achar que sofreu falta. Como diz um colega meu, talvez pense assim porque de todos os milhares de olhos a ver pela televisão os dele eram os únicos que estavam fechados naquele momento.
Eu acho que o meu colega está a ser mauzinho... Só porque no Euro-2008, nos quartos-de-final com a Alemanha, Portugal foi eliminado e o Ricardo sofreu três golos indo sempre à bola com os olhos bem fechados, como as fotografias documentam."
Hugo Vasconcelos, in A Bola
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