"Desde que assumiu funções, Rui Costa foi sempre bastante claro quanto à sua prioridade para o Benfica: a conquista de títulos.
Sabemos que o futebol se tornou bastante mercantilizado (demasiado, diria eu), que faz cricular milhões por todo o mundo, e que, neste contexto, as equipas portuguesas - num país periférico e com uma liga pouco apelativa - não só não conseguem resistir aos avanços dos colossos das chamadas 'Big Five' como até precisam deles para se financiar.
Imaginemos o que seria um Benfica que tivesse mantido os principais talentos que por cá passaram: com Ederson, Cancelo, Rúben, Renato, Bernardo, Félix, Darwin e Di Maria, seríamos sérios candidatos a vencer a Champions. Ora, isto é apenas fantasia, pois não há em Portugal receitas suficientes para suportar salários desse nível.
O que significa então, hoje, apostar na vertente desportiva? Não é deixar de vender - infelizmente, isso é impossível. Trata-se, sim, de condicionar os timings negociais aos interesses da equipa.
Num momento em que o Benfica comanda isolado o Campeonato e está nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões, com legítimas esperanças de chegar mais longe (e, de caminho, valorizar ainda mais alguns atletas), é de saudar o esforço que tem sido feito por manter a equipa intacta, e até reforça-la. Tal revela-se particularmente difícil com um Mundial pelo meio, e com a pressão de mercado daí decorrente.
Agora só rezamos para que o dia 31 chegue depressa, e toda a energia se concentre nas vitórias. No fim da temporada, já com troféus nas mãos, haverá tempo para ouvir as propostas pelos nossos jogadores."
Luís Fialho, in O Benfica
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