"Os jogadores de futebol das equipas mais ricas vão reduzir uma percentagem do seu salário: uns 30%, outros 70%, outros vários meses sem receber. Parece muito, e, é, não há dúvida nenhuma, estamos a falar de milhões em relação ao comum dos mortais.
Contudo um cidadão normal um corte de 30% tem implicações desastrosas, no seu final do mês com as contas para pagar.
Os jogadores de futebol vivem num planeta à parte, mas quem vive na Terra sabe que este corte dos salários pouca importância tem nas suas vidas. O seu problema é ganharem menos um pouco. Para quem ganha, por exemplo 10 milhões de euros, um corte de 30% equivale a um corte de 3 milhões de euros, mas ainda recebe 7 milhões. Estamos entendidos!
Os salários dos jogadores dos grandes clubes alcançaram somas obscenas e sem jogos, publicidade o dinheiro não aparece. O futebol é uma indústria que está interligada com muita coisa. A primeira é as receitas, a segunda é a publicidade, a terceira é o que recebe nas provas que realiza na Liga dos Campeões e Liga Europa.
A austeridade chegou ao futebol que parecia imparável no seu crescimento e hegemonia.
Esta foi a resposta inevitável, porque o futebol está muito stressado e dependente de liquidez. O futebol funciona em função de resultados que pode alcançar no futuro, isso, por vezes, não é a melhor estratégia de gestão.
Gianni Infantino e a FIFA vão ajudar as equipas e federações que necessitem. Estamos a falar de 2700 milhões, que pode chegar a 5.000 milhões.
É tudo muito bonito, mas com o compromisso de passados uns anos devolverem esse dinheiro. Isto é, não há almoços grátis nem no futebol.
O futebol parecia o olimpo que lidava com milhões mas a sua estrutura tem enormes debilidades e não é tão potente como se poderia pensar em função dos números estratosféricos que maneja.
O provérbio, "o rico e o porco, depois de morto", aplica-se neste caso, a Covid-19 veio demonstrar que o futebol não é assim tão rico e pujante."
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