"Ontem estava tão excitado por escrever esta crónica que nem comentei convosco que estou a fazer Lisboa-Sochi de carro. Olhem para mim todo Vilas-Boas a fazer expedições com amigos. Escrevo-vos neste preciso momento do meu hotel em Budapeste onde acordei com uma valente ressaca - Chico Buarque, agora já sei. Neste preciso momento esperam-me lá em baixo na recepção e por isso não posso demorar muito. Já agora: porque é que a que a recepção nunca é lá em cima? Enfim, prosseguindo. Apreciei bastante o gesto motivacional de terem colocado no quarto de hotel dos jogadores da nossa selecção um quadro com duas fotografias lado a lado: de um lado uma imagem relativa à fase em que começaram quase descalços e do outro uma fotografia actual, patrocinada, e triunfante. A imagem é forte. Relembra-os/nos do percurso que tiveram do zero ao tudo. São apenas duas fotos, estilo antes e depois, mas dá um arrepio semelhante aquele que senti quando vi o ‘Cocktail’ pela primeira vez - o Tom Cruise chega sem nada a New York e no fim fica com a boazona. Também me lembra o Danúbio que separa Buda (parte histórica) e Peste (moderna.). Passado e futuro na mesma imagem. Com ponte, e tudo, para passearmos a memória de um lado para outro. O quadro é bonito como o rio. Sorte a dos jogadores por terem aquele presente, nem todos somos deuses para o receber como oferenda. Só tive pena de não ver o quadro do Nani...Ah, ups! Tenho que me habituar."
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