"Jogo em que a ansiedade se sentiu em ambas as equipas. Bem precisam das férias.
Emoções
1. Jogo de emoções, com fraca qualidade e sinais de aflição a pairarem no ar. Partindo para este jogo numa posição de desconfio e em sofrimento visível, o Benfica conseguiu mesmo assim encontrar vontade e algum discernimento para entrar intenso e dominador, revelando alguma variação no seu jogo ofensivo e mobilidade suficiente para empurrar o Moreirense para a sua área. O regresso de Jonas trazia alguma confiança nos adeptos e a convicção de que o habitual caudal ofensivo da equipa com a presença do seu melhor jogador, seria traduzido com golos. O Moreirense organizado, com o seu bloco bem fechado e consciente da situação incomoda na tabela, procurou através de um forte momento defensivo travar as águias.
Sinais tristes
2. Apesar desta patente vontade e disposição ofensiva dos da casa, raras eram os momentos de alegria para os seus adeptos, que só encontravam em outras paragens - jogo nos Barreiros - motivos de festejo, tal a improdutividade demonstrada pelos atacantes da luz ao longo de toda a primeira parte. Com o tempo, o jogo ia adquirindo sinais tristes de um arrastado final de época: baixa intensidade, ausência de ideias e para piorar o cenário cinzento, a forte carga emocional que cedo se percebeu estar a minar a capacidade para tomar decisões acertadas aos intervenientes da partida, ia adensando e emperrando a fluidez. Jonas mostrava falta de ritmo competitivo e se o início do jogo estava pejado de intenções encarnadas, estas iam se desfazendo em estéreis movimentos atacantes, pouco critério nas ligações do seu jogo ofensivo e eram as dores alheias que alimentavam a alegria dos desinspirados e amarrados jogadores de Rui Vitória. Valeu um penalty sem sentido para animar as hostes da casa e trazer alguma tranquilidade a uma equipa que se revelava longe dos idos tempos de fulgor e empatia com o seu apaixonado público.
Águia ansiosa
3. Sem nada a perder Petit foi mexendo na sua estrutura e abria o jogo na busca de melhor sorte perante uma nervosa e ansiosa equipa do Benfica, que apesar de sobressaltada e agarrada a uma vantagem mínima, percebia que o contexto global era favorável às suas legítimas pretensões e Rui Vitória pragmático, deixou de lado as exigências artísticas e fechou o jogo, não permitindo que o afoito ofensivo dos de Moreira de Cónegos pudesse beliscar a suada vitória. A vitória vermelha era difícil mas justa e apesar de conseguida aos soluços traduzia a forma realista e consciente com que o seu treinador percebeu que o momento não convidava a grandes feitos e sim passar com mestria o tormento em que a sua equipa estava mergulhada e minimizar os danos, colar os cacos e se possível aproveitar tropeços alheios. O jogo terminou com as duas equipas a festejarem os objectivos perseguidos e a precisarem de uma pausa competitiva para recarregarem energias e descansarem dos socos levados ao longo de uma conturbada época."
Daúto Faquirá, in A Bola
PS: É impossível não notar alguma azia, no meio desta crónica...!!!
...meu caro,estás a falar/escrever de um CRÁPULA que era treinador do OLHANENSE,e fazia relatórios dos adversários para "vender"aos corruptos de Contumil...nada de estranhar...(Afonso
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