"O Europeu está-nos a correr muito bem. Umas vezes com alguma qualidade, outras com sorte. Juntando as duas, tudo agora parece ao alcance da nossa selecção.
Para pouca fortuna, já tivemos uma dose forte: as meias-finais perdidas para a França em 1984 e 2000, a final na Luz contra a Grécia (ainda que aqui, outras razões se tenham imposto) e, de novo, uma meia-final com a Espanha, desta feita por penalties.
Neste Euro 2016, não nos podemos queixar muito. Calhou-nos uma fase de qualificação onde era quase impossível não passar, o sorteio da fase de grupos não poderia ter sido melhor e até a Islândia marcando no último minuto nos proporcionou não jogar com a Inglaterra, a que se seguiria a França e, depois, a Alemanha, Itália ou (a já eliminada) Espanha.
Contra a Croácia - sem facciosismo - fomos bafejados por alguma fortuna. Foi, aliás, um jogo chato. Mas no minuto 117, logo após a bola ter em batido no poste da nossa baliza, Renato proporciona ao tridente atacante o tão saboroso golo. Isto depois de F. Santos colocar Danilo para aguentarmos o empate e ir para os penalties...
Agora vamos ter pela frente a Polónia, que está perfeitamente ao nosso alcance e, a seguir, certamente a Bélgica. De qualquer modo, teremos que jogar mais do que fizemos nos anteriores jogos. Com a Croácia, jogámos modestamente, as equipas recearam-se em excesso, de tal modo que Rui Patrício não fez uma defesa em 120 minutos e o nosso primeiro remate à baliza foi no tal feliz minuto 117.
Mas atenção, a sorte não dá nada a ninguém. Só empresta. Por isso, joguemos como bem sabemos, sob pena de a termos que devolver com juros."
Bagão Félix, in A Bola
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