"Além de limpinho, o resultado do Benfica no Funchal foi verissimo (palavra italiana significando muito verdadeiro). A competência solidária - perante o infortúnio de bolas (quase) a entrar e de decisões de um promissor mas ainda verde árbitro - resultou numa vitória categórica.
Acabou uma semana incendiária e de alusão a filantrópicos mecenatos, com a manifesta conivência de operetas de sangue e caçoada de que algumas televisões (não todas) se aproveitam para o seu negócio no mercado das emoções, sem limites morais e deontológicos.
Os justiceiros de plantão nem sequer se podem queixar de o Benfica acabar com 11 atletas. Graças ao árbitro (no 1º cartão) e ao Renato (no 2°), soubemos, mesmo assim, ganhar com fortaleza, galhardia e coesão.
Luís Filipe Vieira tem sido exemplar na necessidade de manter a concentração e em não responder à provocação da pletora de tantos agentes poluidores.
Uma coisa é certa: acabou o famigerado campeonato de líderes à condição e do manómetro de pressão sobre jogar-se antes ou depois (como se os jogadores fossem meninos de coro). No domingo, independentemente dos resultados, já não haverá lugar a essa invenção de se ser líder à condição, uma espécie de coito interrompido depois de uma noite dormida sobre a liderança. À condição - esse modismo de mau gosto e de indigente português que faz das capas dos jornais e dos comentários audiovisuais mais um exemplo de como dilacerar a nossa língua já de si tão maltratada - chega ao fim com a última jornada em simultâneo! Basta!"
Bagão Félix, in A Bola
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