"Quando, em 2009, Paulo Pereira Cristóvão concorreu à presidência do Sporting, mesmo sendo pública a minha forte oposição à continuidade 'roquettista', deixei claro que nunca apoiaria a figura. O seu passado na Polícia Judiciária bastava-me e escrevi-o aqui no Record. Coisa que alguns amigos acharam bizarro. Afinal de contas, estávamos a falar de um candidato a dirigente desportivo. Quando se passou, dois anos depois, para aquilo a que chamara antes de 'grupo de pavões anafados', não precisei de dizer muito. Tinha a companhia de Godinho Lopes, detido pela PJ em 2002, por gestão danosa na Expo'98, e de Luís Duque, envolvido no caso BPN e, nesse mesmo ano, com outro processo relativo à Câmara de Sintra. Os sportinguistas acharam que esta tripla tinha de ar mais sério do que Bruno Carvalho. Não foi preciso esperar muito para que Pereira Cristóvão fizesse das suas. Em Abril de 2012, montou uma armadilha mal-amanhada a um árbitro. O triste episódio teve apenas um vantagem: o Sporting livrou-se dele.
Esta semana, Paulo Pereira Cristóvão foi preso. Tendo como comparsa um elemento da Juve Leo, é suspeito de roubo e sequestro. O Sporting reagiu como devia: tratar-se de um caso de polícia que nada tem a ver com o clube. Mas não deixa de ser verdade que de cada vez que o capanga que demasiada gente qus ter a seu lado fizer das suas, aparecerá, nas notícias, como 'ex-vice-presidente do Sporting'. O clube é grande e não escolhe os seus adeptos. Mas escolhe os seus dirigentes. E escolheu este homem, tendo informação mais do que suficiente para não o fazer. Se o Sporting tem todas as razões para sentir orgulho na história, ficará para sempre com esta nódoa. Talvez ajude os sócios de todos os clubes a pensarem que a honestidade não é coisa que só se exija, quando se vota, a políticos."
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