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terça-feira, 10 de setembro de 2024

Cristiano Ronaldo vai chegar aos 1000 golos


"Não tenho grande talento nos prognósticos (a não ser no fim do jogo…), mas há três coisas que tomo como certas na vida: a morte, os impostos e os recordes que Cristiano Ronaldo quer bater

Foi sentado num sofá, descontraído, com roupa casual e ao lado do amigo Rio Ferdinand que Cristiano Ronaldo o disse em voz alta: quer chegar aos 1000 golos marcados. Quando atrás do microfone está um jornalista, já o terão ouvido dizer qualquer coisa como: «Eu não bato recordes, os recordes é que me perseguem.» Mas pelos vistos o canal no YouTube não traz só entrevistas destas para milhões de seguidores (e recordes!), também traz um bocadinho de sinceridade.
O que é certo é que 901 já lá vão e, segundo as contas do Rogério Azevedo, se demorar o mesmo tempo a marcar os próximos 99 do que os últimos 100, Ronaldo vai chegar aos 1000 algures na primavera de 2027, com 42 anos. Parece difícil, mas nisto sou como Roberto Martínez: «Acho que ninguém pode dizer que o Cristiano não pode fazer alguma coisa.» Sendo que, ao contrário do selecionador, eu não poderei fazer nada para o ajudar.
O que o Euro 2024 e os dois jogos na Liga das Nações demonstraram é que tudo é possível. CR7 jogar até aos 42 anos? Possível. CR7 continuar a marcar muitos golos? Provável. CR7 ser titular em jogos que não contam (Geórgia) para tentar marcar? Presumível. CR7 continuar a jogar pela Seleção até tomar a decisão «espontânea, mas muito pensada» de sair? Plausível. CR7 terminar a carreira na Arábia Saudita, com menor exigência competitiva, mas que conta para os recordes na mesma? Viável.
Ronaldo é dono e senhor da sua carreira, dos seus objetivos, das suas redes sociais, dos seus recordes, do seu ego e de tudo o que conquistou e – não duvido – ainda vai conquistar até se retirar. E bem podemos continuar a refletir sobre o que seria da Seleção com menos CR7 até à primavera de 2027: se jogaria melhor, se teria outros protagonistas, se ganharia mais. Isso pouco importa quando ele marca e o estádio fica vários minutos seguidos a cantar por ele.
Portugal é Cristiano e Cristiano é ainda mais Portugal desde que está longe do futebol europeu. Quando a Seleção ganha fala-se de Ronaldo, quando a Seleção perde também e quando a Seleção marca ou foi Ronaldo, ou se procura pelo que Ronaldo fez na jogada. No Euro só o relatório confidencial de Roberto Martínez viu um bom Cristiano, mas contra a Croácia e a Escócia não foi segredo nenhum: CR7 vai marcar quase sempre e Portugal não tem outro como ele nisto (com Gonçalo Ramos lesionado, até não tem mesmo outro). Talvez esta devesse passar a ser a nossa preocupação - e não Ronaldo. Afinal, temos até à primavera de 2027 para resolver isto."

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