"Sempre que nos deslocamos ao Estádio do Dragão, temos desde logo uma certeza: vamos encontrar uma equipa extremamente agressiva (por vezes mesmo violenta), muito pressionante e motivada para ganhar aquele que é, para eles, o pai de todos os jogos.
Nem sempre conseguimos lidar com toda aquela agressividade. Demasiadas vezes o nosso futebol aveludado esbarrou num grupo de halterofilistas de faca nos dentes, disposto a tudo para nos esmagar. E nos duelos individuais, na componente física do jogo, acabámos por ficar por baixo. No resultado também: apenas 4 vitórias em 45 anos atestam essa negra realidade.
Acredito que um jogo rápido, de primeiro toque e variações de flanco, seja o ideal para defrontar equipas furiosamente pressionantes, como costuma ser o FC Porto, sobretudo em sua casa. Se chegam com dois e três jogadores em cima do homem da bola, libertam necessariamente espaços noutras zonas do campo. De fora tudo parece linear. Lá dentro é bem mais difícil.
Acredito que Roger Schmidt e os jogadores estejam preparados para aquilo que vão encontrar. E espero que a terceira equipa não seja protagonista, como também tem acontecido frequentemente em clássicos com o FC Porto. Sendo uma evidência o que referi nos dois primeiros parágrafos deste texto, não deixa de ser revelador que, nos mesmos 45 anos, naquele recinto, tenhamos visto 17 cartões vermelhos para apenas 8 do nosso adversário. Algo que não bate certo.
Já sabemos, pois, com o que contar. Isso obriga-nos a uma prova de superação para voltar de lá com os 3 pontos. Confio nessa superação. Confio na vitória e nos 3 pontos."
Luís Fialho, in O Benfica
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