"Estimado leitor, dê-me só um segundo antes de começar a escrever a mensagem desta semana. Venho já. Só mais um pouco... muito bem, está feito! Sabe, não me dava jeito estar a escrever no computador com o coração nas mãos, então fui guardá-lo ali no congelador, até porque não me convém que se estrague. O PSV-Benfica começa daqui a poucas horas, e já não sei o que mais posso fazer para me acalmar. Roubei uma embalagem de calmantes à minha mãe, mas isto não deve ser grande coisa. Já tomei 18 comprimidos e, mesmo assim, não consigo para de pensar nos vários onzes titulares possíveis, onde até já me passou pela cabeça uma linha de cinco centrais, com Vertonghen, Morato, Helton Leite, Otamendi e Lucas Veríssimo, o que talvez explique o facto de eu nunca ter seguido a carreira de treinador.
Para o leitor, é fácil. Hoje é sexta-feira e já teve tempo de celebrar a qualificação ou colocar uma corda à volta do pescoço. No entanto, aqui o Pedrinho ainda não faz ideia se ao final da noite estará a cantarolar ou a escrever o testamento. Encontro-me naquela sensação de incógnita agoniante, até porque, se for o caso de haver mais uma época sem ouvir o hino da Champions no Estádio da Luz, então fico sem saber a quem deixar a PS5.
Não vale a pena bater sempre na mesma tecla: o lugar do Benfica é na Liga dos Campeões. Quando fica fora, então a conclusão só pode ser uma: algo de errado não está certo. Portanto, qualquer capa desta edição do jornal O Benfica que não seja com os nossos jogadores em festa será uma desilusão. Caso contrário, não sei se valerá a pena ir buscar o coração de novo ao congelador."
Pedro Soares, in O Benfica
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