"É expectável, segundo previsões consensuais, que os países sofram, por culpa da pandemia, um fortíssimo impacto negativo na economia, mas que consigam reagir com alguma rapidez. Mário Centeno, o ministro das Finanças de Portugal, admitia que, ao fim de dois sócios, e se tudo correr sem mais perturbações, o nosso país possa fazer-se regressar à situação que vivia em 2019.
No entanto, nem todos os sectores de actividade poderão ter o mesmo ritmo de recuperação económica. O turismo, por exemplo, não terá sinais muito significativos de retoma antes que seja encontrada uma solução definitiva, como uma vacina suficientemente eficaz, ou um medicamento fiável. Daí que as companhias de aviação, os hotéis, todo o sector da restauração recomecem a recuperação mais tarde, o que implicará que algumas dessas empresas não sobrevivam.
Ora, o futebol é, também, um dos sectores mais atingidos, não sendo alarmismo prever a falência de clubes, inclusive, clubes históricos. A propósito, Miguel Poiares Maduro deu uma interessante entrevista ao Jornal Económico, onde alertava para a situação de grave risco em que vive o futebol, em particular em Portugal, cuja economia estava longe de ser forte e, agora, se tornará perigosamente frágil.
É, assim, urgente, dentro de condicionalismos definidos pelas autoridades de saúde pública, o regresso da competição. Mesmo sem público nos estádios, criando um mínimo de oportunidades de receitas que, aliás, de tão escassas, obrigarão a uma revolução estrutural para evitar um colossal desequilíbrio e o brutal desabamento do modelo competitivo vigente."
Vítor Serpa, in A Bola
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