"Decorre, pela Europa, um debate apaixonado sobre a questão do fora de jogo num contexto de VAR, e espera-se que, da reunião do próximo dia 29 de Fevereiro, da IFAB, saiam decisões que alterem um protocolo que carece de afinações. Para que não restem dúvidas, o VAR veio para ficar, os erros dos árbitros diminuíram e o que está em causa, apenas, é encontrar a melhor forma de limar as arestas que subsistem. E é aqui que vale, a pena reflectir sobre o off side. É preciso punir posições que sejam irregulares, para lá de qualquer dúvida razoável. Ou seja, há que criar uma linha de fora de jogo mais larga (Ceferin, presidente da UEFA, já verbalizou esta ideia...) que promova alguma segurança quanto ao momento do passe (e do frame), essencial para a aplicação da lei. Imagine-se que essa linha tem 50 centímetros e que só é considerado fora de jogo quem estiver, braços à parte, para lá dessa marca. A partir daqui, não só desaparece o problema da falta de razoabilidade (está fora de jogo porque calça 46 ou porque não cortou o cabelo...), com que por vezes nos confrontamos, como se obedece aos princípio segundo o qual, na dúvida, beneficia-se o atacante.
Para outras núpcias ficarão questões igualmente importantes, como a possibilidade de se ouvir as comunicações entre o VAR e o árbitro de campo (em aplicação já no campeonato australiano) e também o derradeiro passo do futebol rumo à modernidade, a cronometragem dos jogos, abandonando-se os 90 minutos e entrando na era do tempo útil de jogo.
A verdade é que o futebol tem sentido a necessidade de modernizar-se e já não é militantemente retrógrado."
José Manuel Delgado, in A Bola
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