"A diversidade continua a imperar em tempos de globalização. Do clássico Molinari ao revolucionário Klopp, cada caso é um caso...
O italiano Francesco Molinari, 36 anos, decisivo na vitória da Europa sobre os Estados Unidos na última Ryder Cup, é um dos melhores golfistas da actualidade. E como joga Molinari? Como um vero italiano. Se Francesco fosse treinado por Trapattoni, nada no seu jogo seria alterado. Tecnicamente evoluído, expressa-se no campo com gelo nas veias, dificilmente concedendo bogeys, (ontem, em Augusta, a última volta foi excepção) com a racionalidade que é imagem de marca dos desportistas transalpinos, independentemente da modalidade que pratiquem.
Nos antípodas, tomemos por exemplo o Liverpool. Os reds do alemão Jurgen Klopp são sinónimo de um futebol de matriz anglo-saxónica, apaixonado, vibrante e intenso. Mas quem são os jogadores que dão expressão a esta forma de estar? Mo Salah, um egípcio, Firmino, um brasileiro, e Sadio Mané, um senegalês. São eles os instrumentos de um treinador da escola anglo-saxónica, que materializam este tipo de futebol!
Mas a 60 quilómetros de Liverpool, em Manchester, onde o Pep Guardiola tem dado cartas à frente do City, o futebol praticando, igualmente apelativo e eficaz, nada tem a ver com a matriz de Klopp. Os intérpretes do jogo bonito, da escola sul-americana, quando têm a bola no pé, de Guardiola, são o inglês Sterling, o belga De Bruyne o alemão Sané, e até ibéricos, Bernardo e David Silva, e um turco, Gundogan. Com eles, na pátria do kick and rush, foi possível construir um tiki-taka sem fronteiras.
Qual a via, então?
A de Molinari, que se sente confortável na matriz calculista do desporto transalpino? Ou a de Klopp, que absorveu os elementos contraditórios dos melhores jogadores do Liverpool e lhes deu uma formatação anglo-saxónico? Ou ainda a de Guardiola, que recriou em Manchester o modelo de Barcelona?
Estou certo de que, se colocarmos todos estas variáveis num super-computador e lhe pedirmos uma conclusão, ele crashará de imediato. Há uns anos, parecia que a globalização ia alisar comportamentos, tornando-nos todos iguais. Mas a natureza humana não afina por esse diapasão e, mesmo num contexto de trocas culturais intensas à escala global, a especialidade de cada indivíduo e das suas circunstâncias acabará sempre por fazer a diferença e manter rica e pujante a diversidade.
Ás
João Félix
Para cumprir o destino que lhe está reservado no futebol, o jovem jogador do Benfica só precisa de duas coisas: cabeça no sítio e pés no chão. A Liga Europa amplificou os méritos que já se lhe reconheciam e dificilmente continuará, na próxima época, num campeonato que é ignorado de Badajoz para lá. Grande talento!
Ás
Miguel Oliveira
O rookie português no MotoGP pontuou pelo segundo grande prémio consecutivo, confirmando uma aptidão natural para competir, em duas rodas motorizadas, ao mais alto nível. Em Austin, no Texas, saiu de 18.º e acabou em 14.º, chegando aos sete pontos e reforçando as promessas de uma carreira de campeão.
Rei
Bruno Lage
O Benfica despachou, com resultado idêntico, os dois obstáculos que teve pela frente na Luz, Eintracht e V. Setúbal. Os triunfos, justos e folgados, não podem, contudo, mascarar alguma inconsistência defensiva dos encarnados, que pode vir a revelar-se comprometedora na recta final da época. Um grão na engrenagem...
Primeira etapa do caminho das pedras cumprida
«Trabalhamos já na planificação da próxima temporada, para que o objectivo de subir consecutivamente até ao nosso lugar seja realidade»
Patrick Morais de Carvalho, Presidente do Belenenses
O Clube de Futebol 'Os Belenenses' garantiu ontem a subida à Divisão de Honra da AF Lisboa, após uma época que serviu sobretudo para confirmar a vitalidade de uma instituição à beira de celebrar o primeiro século de existência. Aos belenenses, nos anos vindouros, será pedido que mantenham a determinação e a resiliência, neste contexto de refundação do futebol.
Vassoura do Catar à espera de meio PSG
Quando parecia ser impossível acontecer ao PSG alguma coisa pior do que ser eliminado pelo Man. United B, da Champions, eis que os milionários franceses foram humilhados pelo Lille (5-1), clube que acolhe uma vasta comunidade de jogadores portugueses. E até foi José Fonte a apontar o golo da manita ao PSG...
O Tigre volta a atacar
No torneio mais importante e prestigiado do mundo, o Masters de Augusta, Tiger Woods impôs a sua lei e acrescentou mais um capítulo a uma lenda sem paralelo no desporto mundial. Depois de uma vitória, há menos de um ano, no Championship (23 de Setembro de 2018), proeza que parecia impossível para quem esteve paralisado e teve de fundir duas vértebras, ontem o Tigre voltou a atacar e com uma ponta final fortíssima impôs-se a uma concorrência onde estavam todos os melhores jogadores da actualidade. Aos 43 anos, Tiger Woods é uma inspiração e a prova provada de que o impossível é um conceito relativo..."
José Manuel Delgado, in A Bola
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