"Com o FC Porto despachado e a pensar já no Liverpool, esta tarde é a vez de o Benfica mostrar que continua, apesar do meu momento reconhecido, até, por Bruno Lage, forte o suficiente para manter-se na frente do sprint que acabará por decidir o campeão. Não é o que o Feirense - último classificado e só à espera que a matemática confirme a descida - possa ser visto como obstáculo de superlativa dificuldade, mas é inegável que os últimos jogos da águia levantaram dúvidas sobre as reais condições da equipa para aguentar a liderança até ao fim.
Perguntar-se-ão adeptos do Benfica e que mudou para que uma águia que chegou a deslumbrar conheça, hoje, inesperadas dificuldades frente a adversários que, há uns meses, seriam facilmente ultrapassados. Lage identificou ontem parte do problema: nenhum bom momento dura para sempre e lesões ou abaixamento de forma de jogadores nucleares cobram o seu preço. E mesmo que o treinador encarnado diga que nenhuma ausência afecta «as dinâmicas» da equipa, a verdade é que acabam, sempre, não é o mesmo jogar com Jonas ou Seferovic. Ou com Gabriel ou Gedson. Ou sem João Félix no pico da sua forma.
O segredo para o Benfica conseguir chegar ao título está, pois, na forma como conseguirão, treinador e jogadores, adaptar-se àquilo que o momento pede. Diz Bruno Lage que a única coisa que o preocupa é a equipa «entrar para jogar bem». Percebe-se a ideia. Mas está errada. A sua única preocupação deve ser, nesta fase, vencer. Jogando bem ou mal. Chegou, se quisermos, o momento de a águia deixar de ser romântica e ser, só, pragmática. Porque por muito que custe dizê-lo, o futebol só e mesmo divertido quando se ganha."
Ricardo Quaresma, in A Boa
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