"Numa altura em que se assiste a enorme criatividade na formação da barreira defensiva para marcação de um livre, com um jogador deitado atrás da mesma, para evitar que a bola passe por debaixo da mesma, e no mês em que se assistiu à barreira mais insólita de que há memória, no jogo de futebol feminino entre o Sydney FC e o Brisbane Roar, em que as jogadoras se vão movimentando e oscilando para cima e para baixo, criando alguma desconcentração na marcadora do livre - o que acabou por dar resultado, dado que o pontapé-livre não resultou em golo -, o International Football Association Board (IFAB) reúne hoje para discutir as regras de marcação de livres directos.
A reunião, que se realiza em Aberdeen (Escócia) pela primeira vez, deve dar o poder aos árbitros para garantir que a equipa atacante não perturbe a barreira defensiva da equipa adversária. O Presidente da FIFA, Gianni Infantino, a secretária-geral Fatma Samba Diouf Samoura e Pierluigi Collina, presidente do Comité de Arbitragem da FIFA, estiveram presentes no primeiro dia de conversas, ontem, discutindo tais regras.
Pretende-se que a defesa contra um livre seja menos confusa, acabando-se com as tentativas de a equipa atacante empurrar, saltar ou de qualquer modo incomodar a muralha defensiva. Pretende-se aumentar a vantagem tática para a equipa defensora e o seu guarda-redes.
Os árbitros serão forçados a intervir sempre que a equipa adversária perturbe a barreira defensiva e tal passará a ser considerado um comportamento antidesportivo. E se as Leis do Jogo mudarem, tal alteração será introduzida a partir de Junho e vigorará a partir da época 2019/2020.
Victor Montagliani, Presidente da CONCACAF e que representará a FIFA na reunião como vice-presidente deste órgão, considera que " seria uma boa melhoria para as leis do jogo".
Pretende-se, assim, evitar momentos de controvérsia como o que foi vivido no último Mundial de Futebol na Rússia no jogo Inglaterra-Colômbia. No momento em que a Inglaterra se preparava para marcar um livre, n o jogo dos oitavos de final, durante a formação da barreira o ambiente ficou tenso entre o inglês Jordan Henderson e o colombiano Wilmar Barrios, que acabou por ser advertido com o cartão amarelo. A ser aprovada a alteração, no futuro, Henderson teria que ficar a um metro de distância de Barrio.
O IFAB é composto pelas quatro associações britânicas de futebol (Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte) com um voto cada, e a FIFA, que representa as restantes 207 associações nacionais, com quatro votos. Passar uma moção exige uma maioria de três quartos. A missão do IFAB é servir o mundo do futebol como o guardião independente das Leis do Jogo, discutindo-as e promovendo à sua alteração sempre que necessário, acreditando que é essencial mantê-las o mais simples possíveis e não intrusivas, de acordo com o verdadeiro espírito do jogo."
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