Últimas indefectivações

quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Ganhar ou perder é...

"Acabo de fazer uma peça para o Jornal das 8 da TVI sobre violência no Valência-Getafe dos quartos de final da Taça do Rei. Cenas lamentáveis no final de uma eliminatória épica, que sorriu à equipa de Gonçalo Guedes (o português assistiu ao triste espectáculo da bancada por se encontrar lesionado). 
Na primeira mão, em Madrid, a vitória tinha sorrido ao Getafe por 1-0. Já depois dessa partida, os comentários trocados entre elementos das duas equipas deixavam antever que a segunda mão seria tudo menos pacífica. O Valência acabou por dar a volta à eliminatória, mesmo depois do Getafe ter entrado no Mestalla com um golo nos primeiros minutos. Rodrigo, ex-jogador do Benfica, foi determinante. Marcou três, dois deles já nos descontos virando a eliminatória para 3-2.
O que se passou a partir daí foi lamentável. E ninguém, ao que parece, ficará impune perante os olhos da justiça desportiva espanhola. Esperemos para ver. Porque o que se passou ali é demasiado grave, para se passar uma borracha por cima.
Por cá há também quem não saiba perder, se bem que depois de ouvir Sérgio Conceição, possa de alguma forma compreender aquilo que se passou na final da Taça da Liga.
Dois episódios marcaram os momentos finais da competição. O primeiro não passou ao lado das câmaras: Diamantino Figueiredo, treinador de guarda-redes portista, tentou de medalha na mão atingir alguém na bancada. Alguém que quase de certeza não lhe deu as boas noites.
Da boca do próprio não ouvimos nenhuma explicação para o sucedido, mas depois de ouvirmos Sérgio Conceição somos capazes de estar em parte de acordo com o treinador portista. Obrigar os jogadores derrotados a subir a uma tribuna para receber as medalhas, a ouvir os mais variados insultos ali mesmo junto ao ouvido, é talvez desnecessário.
Haverá outras soluções.
Deixar o relvado em direcção aos balneários sem honrar o vencedor, no entanto, é uma tremenda falta de desportivismo.
Quando era miúdo e quando nos chateávamos à séria, tudo ficava resolvido com apenas uma frase: ganhar ou perder, é desporto. E lá íamos, aborrecidos com a vida, mas pensando sempre no dia seguinte, porque a desforra estava ali à porta e era para ser dada dentro de campo (fosse na relva esburacada, no pelado ou mesmo no alcatrão).
É verdade que por vezes nos excedíamos nos comentários, até nas atitudes, mas até a nós a experiência de vida nos foi trazendo alguma tranquilidade. E ainda éramos tão miúdos."

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