"Esta máxima é muito antiga na cultura tradicional portuguesa, mas resume tudo o que há a dizer sobre a forma como medimos o tempo sobretudo para entendermos como encaramos o seu devir. Renovar, refazer, evoluir, mudar o que é preciso, fazer o que há que ser feito, traçar objectivos, refundar os sonhos e afinar a visão que temos do futuro que queremos. Na verdade, um novo ano não é mais que um novo ciclo, uma nova sucessão de estações comandada pela distância a que estamos do sol em cada ponto da nossa trajectória até retomar a recomeçar tudo de novo, ciclo após ciclo, ano após ano. Assim contado, o passar do tempo parece monótono, como um círculo, que sempre se repete. Mas o que faz genial a Humanidade é que, apesar de minúscula face à grandeza cósmica do universo, interfere nesse ciclo e consegue imprimir-lhe uma direcção, fazendo do seu retorno uma espiral evolutiva. Por isso, se o destino era andar às voltas, a nossa vontade e a nossa garra fizeram dele um caminho de que só podemos orgulhar-nos a cada geração que passa. Com o nosso inconformismo inventámos a História e, comandados pelo sonho, quebrámos as fronteiras físicas do planeta em que vivemos e atrevemo-nos pelos confins do universo à procura de nós próprios. Como escreveu sabiamente António Gedeão, pela mão de cada um de nós, 'o mundo pula e avança'.
É assim inspirados pelo que a História mostrou que cada um de nós pode fazer para mudar o mundo para melhor que iniciamos o 10.º ano de vida da Fundação com este novo ano.
Venha 2019!"
Jorge Miranda, in O Benfica
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