"Alguém se chateou com a UEFA e decidiu avançar com uma ideia conhecida pela primeira vez em 2016, a criação de uma Superliga Europeia. E não, não foi uma zanga por dá cá aquela palha.
É uma tremenda ameaça à galinha dos ovos de ouro da organização: a Liga dos Campeões. Apesar do aumento de 500 milhões de euros em prémios para o triénio 2018-2021, os clubes mais ricos e poderosos mostram-se insaciáveis.
Querem, basicamente, construir o maior condomínio de luxo da Europa do futebol, afastando os emblemas de liga secundárias para uma periferia rural. Querem ser eles a mandar, querem ser eles a gerar e distribuir as receitas. Numa frase, sabem que com o controlo do negócio podem fazer crescer ainda mais as suas contas bancárias.
O Arsenal confirmou a veracidade dos documentos revelados pelo Football Leaks, mas defende que é apenas um rascunho. O e-mail enviado a Florentino Perez, agora divulgado, aponta para um acordo preliminar. Apesar do financiamento da nova competição ter falhado, os clubes envolvidos neste processo não chegaram a este ponto para abandonar a ideia.
É verdade que todos têm um acordo com a UEFA, mas a resposta de Aleksander Ceferin foi discreta, o tema é tão delicado que justificava uma reacção enérgica. O presidente disse apenas que tudo o que tem sido falado é ficção e acrescentou ser possível que a partir de 2024 passe a haver mais jogos europeus e menos das competições nacionais.
Ou seja, para desmontar a Superliga Europeia, Nyon passou a mensagem que aumentaria os número de jogos europeus, provavelmente criando uma nova competição, e que passaria os dias dos jogos da Liga dos Campeões para o fim de semana, enquanto as partidas dos campeonato nacionais aconteceriam às terças e quartas-feiras.
É pouco. É muito pouco.
É no fundo contrariar a Superliga Europeia, indo de encontro ao que ela quer. Não é bem um não, portanto.
É certo que tão depressa não vai sair fumo branco dos gabinetes, mas fica o aviso do que aí vem. Com uma preocupação evidente para os clubes portugueses."
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