"O “Ministério da Educação” só tem dois caminhos quando lida com questões do Futebol Profissional dos grandes clubes: ou os assume, como seus e os resolve, como uma prioridade, ou integra os clubes de Futebol Profissional na “Inspecção dos Espectáculos”
Com um grande mestre de Direito Internacional, nosso Professor há quase 50 anos, na “U.T.L.”, ex-ministro de Salazar, Prof. Henrique Martins de Carvalho, aprendemos o “Espírito da Lei”, o que é Razoabilidade, e a importância e relevância, do Direito Internacional nas relações e conflitos internacionais.
Mas a grande, e brilhante definição de Autoridade, quem não a soubesse, não passava no exame, que era feito de uma forma, que nunca tínhamos visto, (e esta já era a nossa terceira Licenciatura), o Professor sentava-se na cadeira do examinando e este na cadeira do Mestre ao que ele ordenava: faça-me o exame!
“Autoridade é a linha de força que mantém os homens fiéis a determinados fins. Em teoria são os fins do Estado (Conservação, Justiça e Bem-estar social), na prática são os que o Governo entende”...
Só que entre Território, População, e Governo, Justiça Comutativa e Distributiva, e, Direitos Sociais, sem esquecer a divisão e independência dos poderes, nada disto pode funcionar se não houver “Autoridade”.
Mas há 3 espécies de “Autoridades”: a primeira pelo conhecimento, a 2ª através de uma nomeação em “Diário da República”, a 3ª pelo número de pessoas que se podem “arregimentar”, para pressionar o Poder Político: Sindicatos!!! .
Mas quando não há, aparentemente, uma Autoridade, o que há é um Vazio de Poder.
E uma multiplicidade de autoridades é uma anarquia.
Sabemos que o “M.E.” (Ministério da Educação) não é perito em “Ciência Política” e muito menos a dita Secretaria de Estado da Juventude... e Desporto, que, sabe-se agora, tem especialistas em “Mirtilos”, mas sobre “Autoridade” sabem pouco ... .
Dizem que há uma crise no Futebol Profissional Português, parece que pode ter consequências graves, sobre tudo, por que estão a “mexer” no “ópio do povo”, e dizem também que é o “M.E.” que tutela o Futebol Profissional, dizem, mas ninguém aparece a exercer a sua Autoridade! . Será que se demitiram, ou que já foram demitidos, sem ninguém saber...?
É que é preciso saber gerir os bons e maus momentos do Futebol Profissional, já que não o querem integrar na “Direcção Geral dos Espectáculos”, onde devia estar.
Mas se Portugal ganhasse o Mundial de Futebol o Governo estaria, em peso, com um sorriso, a entregar a taça e várias condecorações..., disso não temos dúvidas...
Uma crise num clube “grande” de futebol, embora “Instituição de Utilidade Pública”, pode criar grandes embaraços ao Poder Político, que já está, neste sector, muito fragilizado com problemas sérios de “incompatibilidades” que o Ministério Público investiga.
Mas fingir que nada se passa, não resolve o problema e só agrava a situação, que se torna cada vez mais difícil, de ter um fim que, pelo menos, não arraste outros sectores para um “Buraco Negro”.
O “Ministério da Educação” só tem dois caminhos quando lida com questões do Futebol Profissional dos grandes clubes: ou os assume, como seus e os resolve, como uma prioridade, ou integra os clubes de Futebol Profissional na “Inspecção dos Espectáculos”.
Aliás é pena que não possam perguntar aos antigos dirigentes do “P.S.”, como dirigiam o Futebol depois do “25 de Abril”, já que faziam, exactamente, o mesmo que Salazar; é que é uma questão de regime e, por isso, é preciso dar-lhe relevância e importância, mesmo sem convicção, mas o que conta, em Política, é a eficácia.
Pensamos que o “M.E.”, terá, no futuro, que escolher assessores que percebam mais de Ciência Política do que de futebol e que a sua “Paixão” seja “levar a carta a Garcia” e não a paixão pelo Futebol que, no passado recente, obrigou dois Secretários de Estado a abandonarem o Governo, por terem ido a Paris, “À Boleia”, assistir a jogos de futebol.
Enfim, é sempre melhor exercer a Autoridade, de que se está investido, do que assobiar para o lado, por que isso enfraquece o Governo, o que, na nossa perspectiva, é mau para o País."
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