"O Sporting é, neste momento, um paciente a precisar de uma intervenção profunda, que erradique de vez a doença. Porém, como está por demais fragilizado, e porque pode não aguentar, no imediato, o trauma de uma cirurgia que o ponha são, vai procurando ganhar tempo e recuperar alguma fortaleza, com o recurso a analgésicos e pensos rápidos. É uma estratégia que se compreende. Mas só será válida se quem a está a levar por diante tiver a consciência de que o que faz mesmo falta é o tal cirurgia; se se prolongar o tratamento com os paliativos, o desfecho nunca irá de encontro aos interesses do Sporting.
Como sempre acontece na vida de qualquer clube, os resultados do futebol determinam o humor (altamente flutuante) da massa adepta. Depois de consumada a eliminação dos leões às mãos do Atlético de Madrid (sem surpresa, os colchoneros são, de facto, melhores, apesar da óptima prestação da equipa de Jorge Jesus) seguem-se dois jogos transcendentes, para competições diferentes, no Restelo para a Liga e em casa com o FC Porto, para a Taça de Portugal. O binómio jogadores/treinador, para quem foi atirada, através da desistência por parte da SAD dos processos disciplinares, uma responsabilidade acrescida, precisa, assim, de traduzir em resultados a resposta mais adequada.
Importantíssima, em todo este contexto, a posição de Bruno de Carvalho. Regressa nos próximos dias ao activo? Aceita meter baixa por doença? Equaciona o afastamento da SAD, continuando no clube? Pensa na demissão, mantendo o brunismo, por intermédio de Carlos Vieira, no poder? Por esta decisão passa o futuro dos leões."
José Manel Delgado, in A Bola
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