"Eles andam tão excitados, que até se esquecem do que tem acontecido nas últimas época: ao clube do fundo do Campo Grande, os delírios esfumam-se normalmente por alturas do Natal; e sobre os de Contumil, apesar dos 'grandes' jogadores e treinador que arregimentaram, todas as dúvidas continuam larvares, tão fora como dentro da agremiação e, até, no interior e no exterior do país. Por isso mesmo vão desembolsando os milhões e os tostões que só Deus sabe, a comprar jogadores e treinadores às paletes de terem de os despachar depois, uns atrás dos outros; ou, lá em cima, a fazê-los regressar à pressa, a penates, para irem apagar fogo autoincendiado, no tempo em que as vacas estavam gordas e esparrinhavam quase todo o leite na ordenha.
Nada do que por ali se vai vendo além de toda a pólvora seca, num lado e no outro, é feito comedidamente, com ponderação e preparo: o compasso com que os 'sempre em festa' desenham a cadência normal da sua vida colectiva baseia-se nos repelões e nos pulos com que vão celebrando fugazes vitoriazinhas de Pirro; e dos outros, os mais reservados e inteligentes que ainda por lá haverá, há muito que reservam forças e recursos para o implacável 'day after' que cada vez mais se lhes desenha como espectro e tudo acabar mergulhado nas provinciais farroncas...
Estamos melhor do que eles, felizmente. E melhor viremos a estar, certamente. Além das contas definitivas que se fazem só no fim das competições, já temos a certeza de que, mesmo as parcelares, as que se vão fazendo no Benfica à medida que os projectos se erguem e vão desenvolvendo, são contas sérias feitas por gente séria, cumprindo os cânones e os trâmites."
José Nuno Martins, in O Benfica
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