" «Não se festeja assim com 4-0, podes fazê-lo com 1-0. Foi uma humilhação para nós.»
José Mourinho, treinador do Man. United, ao ouvido de Antonio Conte, técnico do Chelsea, após o 4-0 de Stanford Bridge
Mourinho sentiu-se humilhado por Antonio Conte, treinador do Chelsea , ter agitado os braços na direcção dos seus adeptos depois do quarto golo da sua equipa frente ao Man. United. O uso de palavra parece-me um exagero. Não é que haja hipocrisia de Mourinho, que tem realmente o cuidado, em vitórias largas, de não ter manifestações esfuziantes - ao contrário do que acontece, como ele próprio terá defendido nas palavras que segredou a Conte no final do jogo, quando vence por um golo -, mas para mim, o festejo do italiano é compreensível. É uma mistura de agradecimento e partilha com os adeptos, não vejo nele qualquer menosprezo do adversário. No máximo não é bonito, ou tem pouco respeito pelo outro lado. O próprio Mourinho, ao dizer o que terá dito, e que os jornais ingleses depressa replicaram, é que motivou o uso da palavra humilhação em todas as análises pós-jogo, não o que Antonio Conte fez; um festejo, aliás, que na essência teve muito menos de humilhante que os quatro golos encaixados pelo Man. United...
Em matéria de festejos, na verdade, parece-me muito mais relevantes a celebração de Joel Campbell ao fazer o 1-1 do Sporting contra o Tondela aos 90+6. É verdade que o golo é alegria, e o costa-riquenho terá ficado radiante, mas o contexto revelava um leão incapaz de ganhar em casa ao (então) penúltimo classificado da Liga. Campbell, que chegou a Alvalade há dois meses e desde então passou aí uns três com a selecção da Costa Rica, não percebeu ainda o que é o Sporting, e o que significa não vencer um jogo do campeonato, mesmo que se empate no último minuto. É normal. Mas é bom que lho expliquem depressa."
Hugo Vasconcelos, in A Bola
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