"Luís Filipe Vieira foi ontem eleito para fazer o 5.º mandato como presidente do Benfica. Aos 13 anos de liderança do clube (máximo histórico na Luz) somará, pelo menos, mais quatro. A pergunta que faz sentido, neste momento, é esta: até que ponto os 13 anos de Vieira à frente do Benfica alteraram o quadro de forças no futebol português?
Analisando os números apenas pelo último mandato, dir-se-á que a força do Benfica aumentou de tal forma, que permitiu à equipa ganhar a hegemonia interna, situação que fica claramente demonstrada pela conquista do tricampeonato. Contudo, se colocarmos as coisas numa perspectiva global (o total dos 13 anos), verificamos que houve um crescimento brutal do Benfica em relação a si mesmo, mas a concorrência (em especial o FC Porto) não sofreu assim tantos danos como à primeira vista poderia parecer.
Antes de mais, para se fazer justiça ao trabalho de Luís Filipe Vieira no futebol do Benfica é preciso olhar para um antes e um depois, mesmo sabendo que nesse antes não existia a Taça da Liga. Nos 13 anos anteriores à sua chegada, a equipa ganhara apenas quatro troféus (dois campeonatos e duas Taças de Portugal). Foi o pior momento da história encarnada. Com ele, em igual período de 13 anos, há um acumulado de 17 troféus (quatro vezes mais), entre os quais cinco campeonatos (e cinco Taças da Liga).
Curioso é que quando comparamos os dois períodos do Benfica (os 13 anos de Vieira) com aquilo que FC Porto e Sporting conseguiram, verificamos que os danos foram quase inexistentes para os dragões. Repare-se: antes de Vieira chegar ao Benfica, o FC Porto conquistou 23 troféus (oito campeonatos) e o Sporting ganhou sete (dois campeonato). Nos 13 anos de Vieira à frente das águias, o FC Porto ficou com 22 troféus (as mesmas oito Ligas) e o Sporting com seis (nenhuma Liga). O Benfica de Luís Filipe Vieira, numa primeira fase, conseguiu substituir-se aos leões (campeões em 2000 e 2002) como principal desafiador à hegemonia portista; num segundo momento reclamou e conseguiu para si essa mesma hegemonia. O grande desafio para o 5.º mandato, que já começou, é o de garantir o tetra e manter o domínio na competição face ao crescimento do Sporting."
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