"No décimo aniversário da academia do Benfica, recupera-se aqui a fórmula que melhor assenta ao futebol português: formar bem e vender melhor ainda!
Este texto esteve para intitular-se 'A fórmula', porque é disso que vai tratar, embora fosse potencialmente menos chamativo. E talvez menos adequado, porque aquilo que os clubes portugueses andam há anos a pôr em prática é uma espécie de fórmula mágica que permite actos de alquimia pura, como fazer deles competitivos a nível internacional, sem a matéria-prima gourmet dos endinheirados. Ou seja, aquilo que define a expressão 'Ovo de Colombo' - uma solução aparentemente simples para um problema complicado.
Ao anunciar lucros e receitas históricas, o administrador da Benfica SAD Domingos Soares de Oliveira enunciou a fórmula e até quem a usou anteriormente com evidente sucesso: 'No nosso modelo, à imagem do que o FC Porto fez durante alguns anos, é muito importante realizar mais-valias com a venda de jogadores, para pagar bons salários e fazer investimentos (...)'.
Rivalidades à parte, a receita é simples e 'pronto a vestir', serve a qualquer 'cliente'. Complicado é concretizar a transformação do chumbo em ouro, porque se de há uns anos a esta parte o 'economês' passou a integrar a linguagem do futebol, dando até a sensação de se ter apropriado dela e do próprio fenómeno, este continua a reduzir-se à sua expressão mais simples: a bola que entra é quem mais ordena e dela dependem todos os economistas, alquimistas e até donos de aviários."
João Araújo, in O Jogo
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