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terça-feira, 16 de agosto de 2016

Quem mais tem mais quer

"1. A UEFA está sem governo há longos meses e seja lá quem for que vier a substituir Platini vai ser confrontado com uma exigência da Associação Europeia dos grandes clubes (ECA), comandada por Rummenige, do Bayern: a criação de uma Superliga Europeia em que só entrarão clubes das cinco maiores Ligas (Espanha, Inglaterra, Alemanha, Itália e França) ou, no mínimo, o alargamento da quota de clubes daqueles mesmos países, em prejuízo das restantes Ligas. Mais concretamente: Portugal em vez de ter acesso directo de dois clubes à fase de grupos terá apenas um. É a ditadura capitalista dos ricos a ditar as regras à estrutura orgânica do futebol, ou seja, à UEFA e FIFA. Não nos iludamos, mais ano menos ano é isto mesmo que vai acontecer. Vem a propósito dizer que o modelo actual também é mau. Alguém entende que no play-off de ingresso à fase de grupos deste ano se possam defrontar FC Porto - Roma ou Villarreal - Mónaco e, ao mesmo tempo, Ludogorets - Viktoria Plzen e Dundalk - Legia?

2. Embora o mercato prometa continuar efervescente até ao fim deste mês, é já no próximo domingo que tem início a Série A e não são necessárias grandes análises matemáticas ou complicados ensaios laboratoriais para se poder garantir que a quem vai conquistar o scudetto será a Juventus. É verdade que perdeu Pogba, cujo o cartellino lhe rendeu 105 milhões limpos (chegou a custo zero do Manchester United quem agora foi vendido!!!) mas, em compensação, chegaram Higuain, Dani Alves, Pjanic, Pjaca, Benatia... e ficou mais forte.
Os dois rivais milaneses, Inter e Milan, foram vendidos a fundos de investimento estatais chineses e estão no estaleiro em obras de reparação. Em todo o caso, os nerazzurri já começaram a fazer pela vida: substituiriam Macini por Frank De Boer e adquiriram João Mário por 45 milhões (10+35). Desta vez, Bruno de Carvalho esticou a corda e ficou a ganhar."

Manuel Martins de Sá, in A Bola

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