"1. Nas meias-finais da Champions, o Bayern foi severamente prejudicado por uma infeliz arbitragem. Um penalty assinalado por falta existente mas claramente fora da grande-área (não convertido, porém) e um fora-de-jogo que esteve na origem do golo do At. Madrid que lhe proporcionou a final. Na anterior eliminatória, o Barça, quase no fim, viu uma penalidade ser-lhe escandalosa subtraída e que, se concretizada, levaria o duelo para prolongamento.
E o que vimos e ouvimos por parte dos prejudicados? Nada. Silêncio. Ninguém se desculpou com erros alheios, apesar da importância dos mesmos. Não houve debates estéreis e incendiários. Ninguém esmiuçou erros em cómoda versão tv.
Por cá, é o ruído total. Um exemplo, tão caricato quanto elucidativo: discutiu-se ad nauseam se Jimenez, no 2.º golo ao SC Braga (T. Liga), tinha um pé em off-side por centímetros. Mas que importaria este detalhe se não fosse o infeliz momento do guardião Mateus? Pois sobre este, tudo normal... Todos podem errar por quilómetros, excepto os árbitros que têm que ter um transferidor à mão. Uma tacanhez que começa a ser insuportável.
2. Mas mais insuportável ainda é a incapacidade de se respeitarem 60 segundos de silêncio pela morte de alguém. O silêncio, como singelo acto de respeito, é trocado por palmas e palminhas face à eternidade de se estar calado um minuto. Há dias, em Alvalade, alguns espectadores ultrapassaram todos os limites da javardice moral, assobiando no momento de evocação de um de nós, Paulo Paraty, agora falecido. Por ser árbitro. Onde chega a ignomínia e a incivilidade comportamentais!"
Bagão Félix, in A Bola
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