"Quero começar esta intervenção por dizer que sou um presidente orgulhoso, pelo que vi hoje, pelo que vivi durante esta semana, pelo que vivi durante toda a época.
Orgulhoso porque sei qual foi o ponto de partida, porque vivi o início da recuperação do Benfica, porque sei tudo o que foi feito durante estes 14 anos, mas principalmente porque, quando olho para trás, nada resta do Clube endividado, sem prestígio europeu, sem infraestruturas, sem reconhecimento internacional.
O Benfica hoje é um Clube admirado, seguido, reconhecido pela inovação, pela modernidade. É um Clube global que conseguiu reinventar-se em apenas 14 anos.
Quero, por isso, dar testemunho do orgulho que tenho quando vejo o Benfica retomar a sua tradição europeia.
O orgulho que tenho pelo apoio e pelo exemplo dos nossos adeptos em Munique.
O orgulho que tenho pela massa associativa cada vez mais activa e envolvida na vida do Clube.
O orgulho que tenho por ver jovens da nossa equipa B provar na equipa A a sua qualidade e o valor da nossa Formação.
O orgulho que tenho por ter um treinador que dá oportunidades a estes jovens.
O orgulho que tenho por ver que vale a pena, mesmo no Futebol, ter projectos a médio e longo prazo. Que a aposta no Seixal tinha sentido e razão de ser.
Mas também quero aproveitar esta oportunidade para dizer que a história – a nossa história – não vive de celebrações antecipadas. Temos de jogar e ganhar todas as finais que nos faltam, a começar pela final desta tarde.
O apoio é fundamental, e os Benfiquistas têm sempre respondido presente, e sei que assim vão continuar. Mas a euforia é dispensável. Temos de vestir o fato-macaco e encarar cada jogo como se dele dependesse o nosso futuro. E, de facto, depende!
Vamos ter de ganhar em campo, e estar sempre preparados para as situações mais absurdas, para os cenários mais improváveis. Porque, acreditem, já aconteceram e vão continuar a acontecer.
Temos de ganhar dentro de campo e resistir fora dele.
Temos de fazer um esforço final no apoio à equipa e continuar a acreditar na capacidade de sofrimento e entrega dos nossos jogadores.
O Benfica é tão grande, que temos a obrigação e o desafio de o fazer crescer todos os dias, de melhorar o que recebemos, de nunca estar satisfeitos com o que já foi feito.
O Benfica é uma história de superação que nunca acaba, o Benfica são os seus Sócios, são os seus adeptos.
Ninguém é dispensável no Benfica. Isto tem de ficar bem claro na cabeça de todos! O segredo da recuperação do Benfica nestes últimos anos tem sido a estabilidade e a união dos Benfiquistas em torno daquilo que é essencial.
Neste contexto, sempre o disse e sempre o defendi, as Casas do Benfica são fundamentais, porque é desta enorme rede de “embaixadas” do Clube que o sentimento de pertença, os valores e a nossa história vão passando de geração em geração.
A Casa do Benfica de Ansião, que comemora 20 anos de existência, é um excelente exemplo da vontade, do trabalho e da dedicação de todos aqueles que ao longo destas duas décadas a fizeram crescer, que consolidaram o projecto, que lhe deram a dimensão que hoje tem.
Quero aqui garantir ao presidente Porfírio Mendes que a Casa de Ansião será das primeiras casas a estarem ligadas em rede ao sistema central do Clube, podendo, ainda este mês, começar a vender bilhetes para o Estádio da Luz.
Este é o Benfica que ambicionei quando cheguei ao clube há 14 anos. Um Clube moderno, inovador, sempre com novos desafios pela frente. Um Clube em que ninguém se acomoda, em que, por cada projecto concluído, há mais 3 ou 4 projectos novos que surgem.
O futuro não é uma via de sentido único, não é um mapa em que tudo está definido. O futuro depende de nós, e Ansião é bem a prova disto mesmo. Por isso, queria felicitar o Sr. Porfírio Mendes e toda a sua equipa pelo trabalho que aqui fizeram.
Os alicerces do Benfica estão aqui, estão a norte, estão a sul. Estão em todo o mundo. O Benfica está onde estiverem os Benfiquistas.
Viva o Benfica!"
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