"A semana que passou ficou marcada por novo sintoma da incontinência verbal de Bruno de Carvalho. Os árbitros também foram atacados pelo presidente do Sporting, que continua a utilizar um discurso deselegante, agressivo para tratar de um assunto muito sério. Um discurso que, acredito, serve para pouco além de aumentar o ódio dos adeptos e a ideia de que o futebol é uma guerra. Concordo que o leão tem sido muito prejudicado por erros dos árbitros (demasiados!), mas, ao contrário do que diz Bruno, eles não erram sempre para o mesmo lado. E os clubes parece que continuam a não se importar que eles errem, desde que não seja contra eles; e se for a favor, melhor. Discutir o árbitro faz parte do jogo e o futebol nem seria a mesma coisa se o adepto não pudesse pintar o lance da cor que mais gosta, mas quem tem responsabilidades (e não falo apenas de Bruno de Carvalho) deveria preocupar-se em tornar credível o setor, em vez de apenas constatar o que está mal, levando-nos a acreditar que não são os jogadores que ganham jogos, nem campeonatos, mas quem tem os árbitros no bolso. Não serve de nada o líder da Associação de Árbitros vir a correr dizer que os árbitros não têm culpa, porque têm. E também não entendo porque é que Pedro Proença, que manda pouco, mas manda, insiste numa liderança da Liga de Clubes em que ninguém o vê ou ouve. Espero que esteja a trabalhar bem, na sombra. E a FPF? Não é altura de resolver de vez a suspeição na arbitragem?
Castiguem a sério os árbitros maus, que falham descaradamente; punam de verdade os dirigentes que criticam destrutivamente. Duzentos euros de multa e um mês de suspensão não vale, isso são penaers, como dizia o outro. E não conta dizer que lá fora os árbitros também erram. Se é para copiar, ao menos copiem as respostas certas e não as erradas."
Nélson Feiteirona, in A Bola
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