"1. Minuto 58. Com o Benfica já em vantagem, o Atlético de Madrid carregava e o espectro do empate pairava no ar. Aproveitando um alívio de Nélson Semedo, Tiago rematou, Jackson Martinez desviou a bola e Júlio César, com uma defesa fabulosa, evitou um golo cantado. O esférico foi ter com Correa que chutou para facturar. E não é que Júlio César arrancou uma parada impossível, salvando a noite encarnada? Afinal, guarda-redes ganha jogos!
2. Baptismo de fogo, na alta roda europeia, da asa direita do Benfica. Nélson Semedo portou-se como se tivesse passado a vida a jogar na Champions, seguro a defender e sempre atrevido a atacar; e Gonçalo Guedes, autor de um golo dificílimo, mostrou estar a crescer em confiança e revelou um apurado sentido táctico. Na óptima notícia para o Benfica que foi ganhar em Manzanares, Nélson e Gonçalo foram cereja no topo do bolo.
3. Seria impossível ganhar em casa do Atlético de Madrid sem lampejos de classe pura. E estes chegaram dos suspeitos do costume, Jonas a esconder a bola, qual prestidigitador com coelho na cartola e Nico Gaitán, mestre a assistir, letal a finalizar, um jogador completo que deve ter feito os colchoneros arrependerem-se de não o terem contratado. Duas exibições de altíssima nota artística.
4. E, é claro, Rui Vitória. Organização perfeita, equipa (quase) sempre junta (complicados os primeiros minutos...), tremenda disciplina táctica e uma solidariedade entre jogadores capaz de ombrear com o Atlético de Madrid de El Cholo Simeone. Ficou a ideia de que Vitória podia ter mexido um pouco antes, mas quando o fez mostrou sabedoria. Muito evoluiu a águia desde a apresentação, nos EUA, contra o PSG."
José Manuel Delgado, in A Bola
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