"Cláusula de rescisão: 50 milhões. Rescisão da cláusula: 25 milhões. Exactamente metade da primeira. Afinal o que significa esse limite? Manobra de negociação? Algoritmo de fantasia? Desde os 100 milhões de Hulk aos 50 milhões de Matic, tudo se esfuma por estado de necessidade do vendedor, por birra, impaciência ou mercenarismo do jogador ou por interesse de um intermediário.
Aceito a dificuldade de contrariar esta situação, mas confesso a minha desolação no caso de Matic, um jogador de classe que custa ver sumir quando o Benfica é finalmente líder. Deixei de acreditar nessa costumeira e universal frase de peito feito: «só sai pela cláusula de rescisão, ponto final». Como foi possível a um jogador impor todas as condições que quis, a meio de uma época, num clube como o Benfica, traindo até quem o formou para a alta-roda do futebol?
Sem Matic, o Benfica perdeu uma importante locomotiva. «Um tiro no pé», como escreveu João Bonzinho. O «melhor médio defensivo do mundo» segundo Jorge Jesus. Por uma pechincha. E logo nesta fase do campeonato, em que qualquer rearranjo que Jesus consiga (e ele tem dado provas de competência nesta matéria) é sempre muito mais difícil ou quase impossível. Oxalá me engane.
Se já o prolongamento do mercado de transferências até 31 de Agosto é manifestamente inconveniente, a sua reabertura em Janeiro é obscena. Tudo a favor dos tubarões plutocráticos de meia-dúzia de clubes que põem e dispõem a sue bel-prazer. Até com treinadores portugueses... E por favor os Matic que nos poupem a essa caricatura de porem a mão na camisola junto do coração. Ponham-na antes nos bolsos."
Bagão Félix, in A Bola
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