"Roberto (quem diria!) garantiu o triunfo dos gregos.
Um Benfica endiabrado fez, ontem, no Pireu (Grécia), a melhor exibição da época, metendo no bolso o seu adversário. Contudo, os deuses estiveram do lado do Olympiakos, melhor dizendo, de Roberto, o bem conhecido guardião espanhol, que, na Luz, onde também jogou, não deixou grandes saudades. Pois agora, o rapaz redimiu-se e foi só o homem do jogo. Uma amarga ironia que pode ter determinado o afastamento dos encarnados da fase seguinte da Champions League.
Para o confronto, Jorge Jesus fez alterações nos três sectores em relação ao último jogo de Coimbra, onde o Benfica subscreveu enredo oposto: vitória e actuação morna. Na defesa, Sílvio surgiu na tão discutida lateral-esquerda, com Amorim e Markovic também titulares. As mudanças resultaram em pleno. A equipa da Luz começou bem e, desta vez, não alterou o ritmo e disposição, mantendo alta nota até final.
Quando Manolas (13'), na sequência de um canto, marcou aquele que viria a ser o golo solitário - aproveitando-se de um erro de marcação no eixo da defensiva encarnada - já o Benfica tinha desperdiçado duas grandes ocasiões para se adiantar no marcador. Cardozo e Markovic viram as suas tentativas anuladas pela determinação e acerto de Roberto, tão brilhante na função quanto passiva foi a atitude da restante retaguarda grega.
Mas o Benfica estava irresistível e, para lá dessas oportunidades mais flagrantes, o jogo ofensivo era quase exclusivo da formação encarnada, com Gaitán e Enzo no apoio constante às acções ofensivas e Rúben Amorim a salientar-se nas assistências para os homens mais adiantados. Estivesse Markovic mais decidido e certeiro e o assunto poderia ter tido outro encaminhamento.
Na 2ª parte, o Olympiakos tratou de defender a vantagem e quase não se viu lá na frente, tendo o herói da Luz, Mitroglou, passado praticamente despercebido. Não só por culpa da dupla Luisão-Garay, mas também porque o jogo, por especial interferência de Matic, raramente "esticou" até aí. A acção apenas se desenvolveu no meio-campo da equipa da casa, que viu Roberto negar o golo por mais quatro vezes aos dianteiros contrários.
Denunciando também uma capacidade física notável, o Benfica revelava uma superioridade manifesta, com Maxi e Sílvio bem adiantados nos corredores, dando força a um miolo, também ele dinâmico e muito forte na circulação e recuperação de bola, daí partindo para os lances de ataque, que, como já se disse, causaram sempre grande aflição à defesa do Olympiakos.
Jorge Jesus, que talvez tivesse em mente colocar Lima ao lado de Cardozo para o assalto final, viu-se obrigado a rever os planos, face à lesão do paraguaio. Lima passou de provável "co-equipier" a homem mais avançado, entrando, depois, Djuricic - outra excelente aposta - e, a seguir, Ivan Cavaleiro, já que a ordem era atacar.
E foi o que o Benfica fez, encostando às cordas o seu opositor. Mas a sorte não esteve com a equipa. Roberto fez questão de realizar o jogo da sua vida, de dentes bem cerrados, como que a vingar a infeliz época da Luz, que, por acaso, até teve breve reedição no jogo de há quinze dias, com aquele brinde que ditou o 1-1 final. Agora, porém, o "portero" ressarciu-se e, pode dizer-se, sozinho garantiu o triunfo. Que peca por exagerado. Ou, se quisermos pôr as coisas noutros termos, uma derrota que um Benfica inconformado não merecia mesmo nada."
Um Benfica endiabrado fez, ontem, no Pireu (Grécia), a melhor exibição da época, metendo no bolso o seu adversário. Contudo, os deuses estiveram do lado do Olympiakos, melhor dizendo, de Roberto, o bem conhecido guardião espanhol, que, na Luz, onde também jogou, não deixou grandes saudades. Pois agora, o rapaz redimiu-se e foi só o homem do jogo. Uma amarga ironia que pode ter determinado o afastamento dos encarnados da fase seguinte da Champions League.
Para o confronto, Jorge Jesus fez alterações nos três sectores em relação ao último jogo de Coimbra, onde o Benfica subscreveu enredo oposto: vitória e actuação morna. Na defesa, Sílvio surgiu na tão discutida lateral-esquerda, com Amorim e Markovic também titulares. As mudanças resultaram em pleno. A equipa da Luz começou bem e, desta vez, não alterou o ritmo e disposição, mantendo alta nota até final.
Quando Manolas (13'), na sequência de um canto, marcou aquele que viria a ser o golo solitário - aproveitando-se de um erro de marcação no eixo da defensiva encarnada - já o Benfica tinha desperdiçado duas grandes ocasiões para se adiantar no marcador. Cardozo e Markovic viram as suas tentativas anuladas pela determinação e acerto de Roberto, tão brilhante na função quanto passiva foi a atitude da restante retaguarda grega.
Mas o Benfica estava irresistível e, para lá dessas oportunidades mais flagrantes, o jogo ofensivo era quase exclusivo da formação encarnada, com Gaitán e Enzo no apoio constante às acções ofensivas e Rúben Amorim a salientar-se nas assistências para os homens mais adiantados. Estivesse Markovic mais decidido e certeiro e o assunto poderia ter tido outro encaminhamento.
Na 2ª parte, o Olympiakos tratou de defender a vantagem e quase não se viu lá na frente, tendo o herói da Luz, Mitroglou, passado praticamente despercebido. Não só por culpa da dupla Luisão-Garay, mas também porque o jogo, por especial interferência de Matic, raramente "esticou" até aí. A acção apenas se desenvolveu no meio-campo da equipa da casa, que viu Roberto negar o golo por mais quatro vezes aos dianteiros contrários.
Denunciando também uma capacidade física notável, o Benfica revelava uma superioridade manifesta, com Maxi e Sílvio bem adiantados nos corredores, dando força a um miolo, também ele dinâmico e muito forte na circulação e recuperação de bola, daí partindo para os lances de ataque, que, como já se disse, causaram sempre grande aflição à defesa do Olympiakos.
Jorge Jesus, que talvez tivesse em mente colocar Lima ao lado de Cardozo para o assalto final, viu-se obrigado a rever os planos, face à lesão do paraguaio. Lima passou de provável "co-equipier" a homem mais avançado, entrando, depois, Djuricic - outra excelente aposta - e, a seguir, Ivan Cavaleiro, já que a ordem era atacar.
E foi o que o Benfica fez, encostando às cordas o seu opositor. Mas a sorte não esteve com a equipa. Roberto fez questão de realizar o jogo da sua vida, de dentes bem cerrados, como que a vingar a infeliz época da Luz, que, por acaso, até teve breve reedição no jogo de há quinze dias, com aquele brinde que ditou o 1-1 final. Agora, porém, o "portero" ressarciu-se e, pode dizer-se, sozinho garantiu o triunfo. Que peca por exagerado. Ou, se quisermos pôr as coisas noutros termos, uma derrota que um Benfica inconformado não merecia mesmo nada."
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