"Talvez não houvesse necessidade de sofrer tanto. Talvez tivesse dado para um passeio pelo nordeste de Inglaterra. Seja como for - e uma pitada de incerteza só apaladou o resultado final - o Benfica manteve-se na rota do sonho, os olhos postos na final de Amesterdão, uma cidade onde já foi muito feliz, ou não fosse cinco a três a conta que Deus fez...
Na Luz o próximo obstáculo é um Paços de Ferreira que pode franquear à equipa de Jesus as portas do Jamor; segue-se o eterno rival que lá por ter menos de metade dos pontos do Benfica (67 a 33) não vai ser pêra doce. Depois, a semana, de quinta a quinta, de todos perigos: primeira mão das meias-finais da Liga Europa, viagem à Madeira, segunda mão logo a seguir. É este o retracto do futuro próximo de um Benfica de cabeça fresca a quem não doem as pernas, ou não fosse o sucesso o melhor dos dopings.
Do outro lado da Segunda Circular o Sporting ainda não vive no Céu, mas o Inferno ficou mais longe. Do braço de ferro entre Bruno de Carvalho e a banca resultou um princípio de entendimento que permite pagar, já hoje, os salários em atraso, colocando os leões a salvo de rescisões unilaterais.
O resto, os termos da renegociação da dívida, em tempo útil se saberá. E ficar-se-à a conhecer se é possível a Bruno de Carvalho levar por diante aquilo que tanto quer: realizar uma auditoria de gestão. Aliás, há alguns pontos que permanecerão sob observação cuidada e que permitirão descortinar como se desenrolará a gestão de Bruno de Carvalho. Em primeiro lugar está a entrada, ou não, na SAD, de elementos da confiança das entidades bancárias credoras do Sporting; e, last but not least, qual será o enquadramento dos investidores trazidos por Bruno de Carvalho. A não perder..."
José Manuel Delgado, in A Bola
Sem comentários:
Enviar um comentário
A opinião de um glorioso indefectível é sempre muito bem vinda.
Junte a sua voz à nossa. Pelo Benfica! Sempre!