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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Paradoxo de... Alvalade

"Um sociólogo americano escreveu uma história à volta de uma família texana que vive em Coleman e a que chamou Paradoxo de Abilene. Num sábado de muito calor, a filha do casal perguntou: «Porque não vamos jantar a Abilene?», cidade a cerca de 70 Km. A avó respondeu: «Se a tua mãe quiser, podemos ir»; a mãe, por sua vez, replicou: «Se o teu pai quiser, vamos...». O pai, esse, limitou-se a um lacónico: «Por mim, tudo bem!»
Sem mais, preparam-se para ir jantar a Abilene. A viagem foi incómoda: o carro era um velho Buick sem ar condicionado  o calor tórrido, a estrada poeirenta e em obras. Depois, já na cidade, tiveram de esperar muito para jantar num dos restaurantes, repletos naquele fim-de-semana. Nem sequer jantaram no que mais apreciavam e a comida foi má e cara!
Por fim, regressaram a casa, extenuados. Nessa altura, o pai terá dito, em tom zangado: «Mas de quem foi esta ideia peregrina de ir a Abilene num dia destes?» A sua mulher retorquiu: «Eu sempre pensei que tu queiras ir!...» A filha não ficou atrás e acrescentou: «Mas a mãe também queria ir», e mesmo a sua avó concluiu: «Não, o que nós pensámos é que tu é que fazias questão em ir», virando-se para o genro...
O resto da história - previsível - é deixado à imaginação de cada um...
Moral da história: formam-se decisões sem ninguém as ter tomado verdadeiramente! Daí o seu autor lhe ter chamado um paradoxo comportamental.
Escrevo estas linhas e rapidamente passo do Texas para Portugal e de Abilene para Alvalade. Onde nos últimos anos este paradoxo vem pairando. E onde, ao contrário da simpática família do Texas, não há petróleo."

Bagão Félix, in A Bola

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