"A vitória arrancada a ferros contra Académica tem a vantagem de trazer três pontos saborosos, mas deixa o alerta que no último terço do campeonato haverá pouca margem para jogos mal conseguidos.
A verdade é só uma: o Benfica jogou muito menos contra a Académica do que aquilo que sabe e pode.
O penalty que nos deu a vitória foi claro, mas não podemos ficar à mercê de um erro arbitral, porque eles acontecem e sempre contra nós.
Para ser campeão o Benfica tem que jogar melhor que o FC Porto, não chega jogar o mesmo. O jogo contra o Paços de Ferreira, no próximo domingo, volta a ser um desafio de extrema dificuldade.
Nenhum adepto, por mais racional que seja, quer que o seu clube perca. Em certo sentido seria até contra natura que assim não fosse.
No lançamento desta eliminatória contra o Bayer ficou claro o subconsciente do treinador e alguns responsáveis: uma boa campanha na Europa diminui as possibilidades de alcançar o objectivo principal, ou seja, o título.
Essa verdade esconde outra, pois passada esta fase ganhar a Liga Europa começaria a ser possível.
O Bordéus será mais difícil de decantar sem Matic. O Benfica te, no entanto, a obrigação de tentar ao limite eliminar o Bórdeus e ficar mais perto do sonho europeu.
Ontem, caíram o Lyon, Nápoles e Atlético de Madrid, ainda há boas equipas em prova nesta Liga Europa, mas nenhuma é melhor que o Bayer Leverkusen. Ontem, tivemos sorte, por vezes muita sorte, e eliminámos uma grande equipa. Os grandes títulos também se conquistam com sorte.
O sonho da Liga Europa teve ontem um golo de sonho de Ola John, defesa de sonho de Artur e uma exibição de sonho de Enzo Pérez e Matic."
Sílvio Cervan, in A Bola
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