Últimas indefectivações

domingo, 30 de setembro de 2012

Um ponto ganho

"Dadas as circunstâncias em que o Benfica partiu para Glasgow, tanto a exibição, como o resultado, são de enaltecer. Foi, afinal de contas, a primeira vez na história que o Clube não saiu derrotado do Celtic Park. Além de que, começar uma poule desta natureza empatando no terreno de um dos adversários directos, nunca é coisa de somenos.
Foi o primeiro jogo oficial em que não pudemos contar com as presenças dos médios, Javi e Witsel (e também, por lesão, de Carlos Martins), havendo portanto necessidade de estrear um modelo de jogo alternativo. Vimo-nos também privados de contributo dos defesas Maxi Pereira e Luisão - por motivos sobejamente conhecidos, e que já tive oportunidade de comentar neste espaço. A agravar, a equipa vinha de uma longa e incompreensível paragem competitiva, não se sabendo como iriam reagir os índices físicos de muitos dos jogadores.
Com todos estes obstáculos (para além, naturalmente, de um adversário aguerrido, e de um ambiente perante o qual, em jogos da Champions, só o Barcelona conseguiu vencer), pode dizer-se que o empate é um resultado positivo para nós, mantendo de pé  todas as esperanças na caminhada face aos objectivos traçados para a competição (que passam, seguramente, pelo apuramento para os oitavos-de-final). Podíamos ter vencido? Sim. Mas no Futebol, como na vida, o bom é inimigo do óptimo. Um maior risco ofensivo, na fase derradeira da partida, poderia ter ditado uma indigesta derrota - sobretudo sabendo-se das limitações com que a equipa se apresentava do meio-campo para trás.
Não tenho muitas dúvidas que o Benfica teria mais a perder com uma maior abertura táctica da partida, pois jogava fora, e o resultado era-lhe (e foi-lhe) muito favorável do que ao seu opositor.
O mérito dos 'encarnados' foi saberem adaptar-se, com rigor e com arreganho, às condicionantes de um jogo que nem sequer começou bem. Não era ocasião para requintes, e foi de fato-macaco que a equipa acabou por impor-se, ficando mais perto da vitória do que da derrota."

Luís Fialho, in O Benfica

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