"Entre os benfiquistas o tema da continuidade de Jesus não é consensual. Já entre os adversários, há consensualidade: Jesus tem de se ir embora. E é isto que dá que pensar
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INTERESSANTE e educativa semana foi esta com Vieira ausente e com Jorge Jesus lançado às feras e em comedido silêncio, apesar de ver notícias sobre o seu futuro em todas as primeiras páginas dos jornais.
Há, sem dúvida, muitos benfiquistas para quem a saída de Jorge Jesus e uns retoques no plantel significam a garantia automática de dias felizes gloriosamente a caminho.
Não são, no entanto, a maioria porque ainda há muitos mais benfiquistas que podem não perdoar ao seu treinador as apostas em Roberto e em Emerson mais a incapacidade genética da equipa para fazer contenção de bola quando é preciso, mas que reconhecem sem esforço o facto de Jorge Jesus ter posto em três anos um Benfica a jogar para a frente como não se via há muito (muitos) anos na Luz.
E ainda há os que se lembram destas coisas todas apontadas, as más e as boas, mas que também sabem fazer contas. E, por isso, concluem que em três anos de Jorge Jesus o Benfica ganhou 4 competições oficiais - recorde-se que, ainda bem recentemente, o Benfica passou uma década inteirinha sem ganhar um titulozinho sequer - e ainda conseguiu fazer uns brilharetes europeus como também há muito não se via, «ainda que muitos pretendam esquecer»...
Ou seja: entre os benfiquistas o tema Jesus não é consensual como jamais poderia ser no presente rescaldo de um campeonato perdido à antiga portuguesa. E com todos os matadores.
Já entre os adversários do Benfica, há grande consensualidade: Jesus tem de se ir embora rapidamente.
E é isto que dá que pensar.
PS - Sábado, em Vila do Conde, Olegário Benquerença, déjà vu, sempre! Olegário déjà vu Benquerença. Porque déjà vu é o seu nome do meio."
Leonor Pinhão, in A Bola
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