"Artur Agostinho era, para além de um óptimo profissional, uma daquelas pessoas que irradiavam simpatia e boa disposição.
Vivia a vida e tinha prazer em vivê-la. Sportinguista, fazia do amor ao seu clueb um lugar de tolerância e respeito pelos adversários. A paixão pelo seu Sporting, sendo muito grande, não foi nunca algo que o limitasse nas amizades, nas análises e no fair play.
Em finais de Janeiro último, na Gala do Eusébio, rodeado por benfiquistas, soube com humor e rara sagacidade encher uma plateia de sorrisos e gargalhadas com a sua singular forma de comunicar. Mostrou como se pode ter escolhas, ter opções e não fazer delas nem um dogma nem uma doentia obsessão. Com a morte do motorista do Leão da Estrela, morreu um exemplo cada vez mais raro de civismo e cidadania.
Artur Agostinho será eternizado pela obra mas também ou sobretudo pela postura e educação.
Numa sociedade falha de exemplos é muito triste perder os melhores. Este é o maior tributo que posso fazer a alguém com quem privei pouco mas admirava muito.
O Benfica fez na Mata Real uma bela exibição, mas importante é poder jogar dia 7 contra o PSV no pleno das nossas capacidades.
O sorteio das competições europeias - quer nos quatro jogos da Liga dos Campeões, quer nos quatro embates da Liga Europa - apenas tem um duelo de campeões europeus: o Benfica-PSV. Jogo grande pela história e jogo grande pela ambição benfiquista.
Rivalidade doméstica, guerrilhas paroquiais, podem ser necessárias para alimentar o ego de pequenos clubes, mas só grandes jogos e conquistas significativas têm lugar na história que queremos escrever.
Jorge Jesus sabe disso e não irá facilitar naqueles que são verdadeiramente os nossos objectivos. Ganhar títulos. Taça da Liga, Taça de Portugal e dar mais um passo na Liga Europa."
Sílvio Cervan, in A Bola
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