"Rui Costa e Noronha Lopes meteram as garras de fora e não deixaram nada por dizer um ao outro: um momento que iria sempre chegar nesta 'interminável' campanha eleitoral
Era a última oportunidade para os candidatos ganharem votos em massa, perante a abertura do sinal da BTV. Rui Costa chegou à noite do duelo em cima de mais de 40 por cento dos votos dos sócios, no dia 25. Uma vantagem clara e que o deixa bem mais perto da reeleição do que João Noronha Lopes da presidência.
Também foi mais ou menos consensual que o primeiro debate a dois, aquele que passou em quatro canais ao mesmo tempo, monopolizando a televisão noticiosa portuguesa, sorriu a Rui Costa.
Daí, pelos resultados de dia 25 e pelo duelo anterior, era o presidente em exercício quem tinha mais a perder... pelo simples facto de estar por cima.
Portanto, Noronha Lopes, como o próprio disse, tinha de pedalar mais e para isso antevia-se que o candidato da Lista F teria de sair ao ataque no hotel do último do duelo entre ambos.
Isso sucedeu, de facto. Era tão previsível que Rui Costa vinha preparado para uma velha máxima futebolística: a melhor defesa é o ataque. Os dois candidatos não esperaram um pelo outro para desferir golpes e apenas em, diria, dois pontos e meio concordaram: quando se falou na questão da bilhética (preço dos Red Pass excluídos), sobre a adesão das Assembleias Gerais e sobre o futebol feminino — este último, talvez o único tema em que não houve qualquer interrupção.
No resto, foram para lados opostos, o volume subiu e, no final do frente a frente, o tom tornou-se praticamente no único argumento. Haverá, seguramente, quem goste deste estilo de combate — facilmente comprovável pelas audiências de programas de TV, atuais ou passados —, haverá quem o abomine. Luís Costa Branco bem tentou moderar as coisas, mas a temperatura com que se debateu, o modo como se esgrimiram argumentos, foi apenas o culminar óbvio de uma campanha que se passou nos termos em que se passou.
Rui Costa e Noronha Lopes meteram as garras de fora e não deixaram nada por dizer um ao outro na noite desta quinta-feira.
Creio que esse momento chegaria sempre e tivesse sido ele no debate anterior, as coisas teriam sido muito mais calmas no derradeiro frente a frente.
O Benfica passou por este longo período em que as pessoas que o fazem ser se confrontaram; há visões muito diferentes no clube, mas amanhã haverá uma que orientará o clube nos próximos quatro anos.
Deseja-se que a partir daí as coisas mudem para um tom bem melhor do que aquele da última noite."

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