"Em pouco mais de um ano em Paris, João Neves já superou os números que atingiu em época e meia na primeira equipa do Benfica. Não para de crescer em maturidade, confiança e influência. E «virou» goleador: é o melhor marcador do PSG na Ligue 1! Num plantel daqueles, não é coisa pouca
O verão caminhava para o fim quando o mundo do futebol arregalou os olhos de espanto: João Neves tinha marcado três golos na vitória do PSG (6-3) em casa do Toulouse. Dois deles de bicicleta! 30 de agosto, sendo uma data para recordar, parecia ser irrepetível.
Dias depois, ao serviço da Seleção, Vitinha, colega de equipa mais habituado a ser protagonista, dizia que João Neves era «um miúdo especial» e que o «hat-trick dele tinha sido único».
Só que não. Foi na Seleção, precisamente, que João Neves repetiu a proeza de marcar três golos num só jogo, no amasso com que a Arménia foi brindada e que garantiu – finalmente! – a qualificação portuguesa para o Mundial 2026.
E nesse Mundial, está bom de ver, João Neves tem de ser um pilar da equipa lusa.
Ele já não é só a incansável, lutadora e destemida «formiguinha» que encara todas as batalhas em todo o campo; é, cada vez mais, um jogador diferenciador, decisivo.
Numa época em que o PSG tem tido algumas oscilações de rendimento, João Neves tem sido crucial para manter a equipa campeã de França e da Europa - e vice-campeã do Mundo - no topo da classificação da liga francesa. Pelo que joga, pelo ritmo que mantém e impõe; e agora também pelos golos que marca.
João Neves está mais solto, pisa terrenos mais adiantados, aproveita a agilidade para chegar a bolas que parecem perdidas e define com tremenda facilidade. Leva seis golos marcados em nove jogos. É o melhor marcador da equipa. Cinco golos no campeonato – os mesmos de Barcola. Formidable!
Tudo isto mantendo aquele ar de menino que só quer jogar à bola; divertir-se, sim, mas ganhar - que é esse o objetivo do jogo. A mesma simplicidade que trouxe de Tavira quando, ainda criança, chegou ao Seixal.
O «moço pequeno» filho de polícia que se dispôs a conquistar o país e o mundo à custa do seu trabalho. Uma estrela antivedeta que ilumina o futebol dos campeões da «Cidade Luz». Um gigante português de 174 centímetros que se impõe aos rivais. E ainda só tem 21 anos.
Pode até dizer-se que Luis Enrique é um treinador feliz por contar com uma «armada» portuguesa com tanta qualidade; mas é bem certo que tem feito por isso. Todos os internacionais lusos têm evoluído no PSG. E se Vitinha e Nuno Mendes são facilmente colocados entre os melhores do mundo, João Neves tem de ser aceite como membro desse restrito clube."

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